sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

50 mil contos dos antigos

ainda antes do final do ano, e à laia de comentário amargurado sobre o assalto deste ano, um pequeno grande pormenor que faltou na anterior posta e que diz respeito a um alegado facto dito convictamente por um simpatizante do sportém, repito, um alegado facto dito convictamente por um simpatizante do sportém durante um almoço de confraternização: "sabem quanto custou a passagem à meia-final da liga dos campeões ao porto, naquela célebre elimatória com o manchester? 50 mil contos dos antigos". perante tal convicção, fui averiguar e há outros factos curiosos.
divirtam-se e que o Benfica seja o que é por natureza, um clube campeão.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

o que vi pelos dias 7, 12 e 18 de dezembro, sem esquecer o natal

o regresso aos tempos do poeta artur
contra os alemães estamos conversados. foi assim um Benfica à artur jorge, o pior da época, uma vergonha, um estado de alma depressivo de quem não merecia continuar na champions. será que os jogadores do Sport Lisboa e Benfica não compreendem que envergam um manto sagrado de um dos 10 maiores e mais titulados clubes do Mundo?
porra, se não sabem, então venham aqui a Macau e vejam pelo menos uma vez como os Benfiquistas sentem o clube.

a raça
contra os que nos impediram de chegar mais longe nas competições uefeiras no ano passado, jogámos com a raça que tem faltado em alguns jogos desta época. verdade seja dita que os rapazes domingueiros pouco ou nada fizeram e puseram um autocarro à frente da grande área. quase que tinham sorte e empatavam, mas o resultado foi mais do que justo e seguimos em frente na Taça.

o cheirinho a alecrim da época passada
eram 4:30 e ainda estava para os lados da areia a acabar um almoço pós-torneio de fim de época em que se dão umas tacadas numas bolas para que entrem num buraco. a tarefa era difícil. chegar à Catedral em meia hora, estacionar, entrar e sentar.
tudo isso seria fácil se não houvesse crise em Portugal e o colombo e todas as estradas circundantes não tivessem cheias, engarrafadas, enfim, cheia dos tristes que não têm mais nada para fazer do que ir às compras. sou pela criação de uma faixa especial nesses dias para quem vai ver o Benfica à semelhança do que acontece com as faixas de rodagem dos transportes públicos ou das bicicletas.
ainda por cima, resolveram jogar bem e espetaram 2 batatas nos vilacondenses nos primeiros minutos. ainda assim não desanimei. lá parei o carro e como não queria perder mais golos, deixei-me a ver no televisor de um espaço Benfiquista, cheio que nem um ovo. decidi, em boa hora o fiz, ir para a segunda-parte e saí satisfeito a fazer contas à capital do móvel. não chegou, como não chegou com o setúbal onde podem mais uma, digo duas vezes, agradecer à arbitragem 4 pontos. sim, somem o gamanço do olegário, genro do antónio garrido, e mais um ou dois jogos onde foram beneficiados, e façam as contas.


paz à alma de um adversário
entretanto, morreu o pôncio. paz à sua alma. apesar de ser de um clube adversário e ser feito da mesma capona que os que criminosamente dominam o nosso futebol, reconhecia-lhe alguma piada e, sobretudo, uma ironia fina em defesa dos interesses do seu clube.

sem esquecer o natal
a alegria chegou finalmente, quando decidi presentear todos os primos (quase todos, porque uma das primas, como lhe expliquei, não me pareceu apropriado dar-lhe) e uma tia (que até era do sportém) com um Manto Sagrado com o número 10 estampado e ainda o nome de cada um. com isso, tivemos todos um natal à Benfica, o que muito me orgulha e deixa feliz.

até dia 3 de janeiro, se não for antes, altura em que comentarei por aqui as peripécias do primeiro prélio da taça da liga, sejam felizes, se possível com a ajuda do Benfica, o que no meu caso representa entre 80 a 95% das possibilidades de ser feliz!

ps - e também vi um dos últimos vôos da Vitória, o que, à posteriori, me entristece.

O KING ao i

como disse e bem o Xô Vici, a não perder a entrevista do King ao i.

Eusébio é um prato. E não dizemos isto só porque o entrevistámos na Tia Matilde, durante a hora (adiantada) de almoço. É a pura convicção do i. Eusébio é um prato, expressão que indicia divertimento e afabilidade. Vamos por partes: o i quer entrevistá-lo a propósito da sua chegada a Portugal, fez 50 anos no dia 15, e telefona-lhe. Assim, sem passar por ninguém. Do outro lado atende Eusébio, como um comum mortal. E toda a gente sabe que Eusébio não é um qualquer. É O Eusébio, com "o" maiúsculo. O Eusébio que ainda hoje suscita admiração e é reconhecido em qualquer parte do mundo, seja na Bósnia, na Venezuela ou no Vietname.

O Eusébio que foi eleito pela FIFA como o nono melhor jogador de todos os tempos no século XX. À sua frente, Pelé (que pede uma batelada de dólares por cada entrevista), Cruijff (é difícil falar com alguém que divide os seus dias entre o golfe e o... golfe), Beckenbauer (Munique é já ali, mas o Kaiser "só com marcação, se faz favor"), Di Stéfano (o presidente honorário do Real Madrid tem mais do que fazer do que dar entrevistas, a não ser que seja um evento-homenagem), Maradona (alguém tem aí o telefone do Fidel?), Puskas (só está entre nós no pensamento), Platini (é o presidente da UEFA e "três occupé") e Garrincha (é de outro mundo, e se não fosse fintava os jornalistas cá com uma pinta...). O que nos deixa no nono classificado do top da FIFA: Eusébio. Que atende o telefone na boa, como se fosse o Manel ou o Jaquim.

Aqui está o ponto de partida para a expressão "Eusébio é um prato": o assessor de Eusébio é o próprio Eusébio da Silva Ferreira. Atende o telefone, ouve e diz de sua justiça. O i quer entrevistá-lo na segunda-feira à noite, dia 13. Resposta dele: "Não, não pode ser. Daqui a 15 minutos, começa o Manchester United-Arsenal. Tenho de ver esse jogo. Liga-me amanhã." Muito bem, que seja na terça-feira, 14. "Hoje? Não, não dá. Então agora vou almoçar e depois tenho de ver [por momentos, ainda temi o pior e que fosse o Motherwell-Hearts, da Escócia] a meia-final do Mundial de clubes [Mazembe-Internacional]. A ver se amanhã nos entendemos, ok?" Okay, Eusébio. "Quando? Hoje? Ehhh, desculpa lá, mas não vai dar. Tenho de ver Rapid Viena-FC Porto [Liga Europa]." Mas desta vez lançamos um contra-ataque, que julgávamos ser venenoso. Qual quê! "Amanhã, quinta-feira? [a falar baixinho mas a pensar alto] às 18h, é o Levski-Sporting [com voz normal] O Sporting joga e tenho de ver. Isto está engatado. Amanhã ou depois, passa pela Tia Matilde à hora de almoço e estou lá, de certeza." Dito. E feito. É sábado, dia do Benfica-Rio Ave, e Eusébio lá está, como prometido, no balcão da Tia Matilde. Quando nos vê, não se deixa surpreender (pudera!) e diz com um sorriso: "Estava difícil, hein! Mas como vês, deu tudo certo."

O i senta-se ao lado dele. Eusébio está sentado, à espera do almoço. É cumprimentado por todos aqueles que lhe passam ao lado. Há quem o chame Eusébio ou king. Dá para tudo. Eusébio, como um rei, estica sempre o polegar em sinal de ok. Nós bem dizíamos, é um prato. E, durante uma hora, a conversa é deliciosa. Eusébio fala com calma. Avança como se fosse um extremo, às vezes recua, que é como quem diz rectifica, depois avança novamente e fala sem parar, ziguezagueando pelo vocabulário à procura da melhor palavra para qualificar este ou aquele ou para definir um ou outro momento, seja glorioso ou simplesmente anedótico. Eusébio é um prato. Já tínhamos dito? A sua memória tem não sei quantos megas de ram. Aí está outro dado que o enobrece: fala do que sabe, com pormenores incríveis. Com ele, não há cá reticências. Quando o seu almoço chega ao balcão, serve-se e tapa o copo de água com um guardanapo. Vai começar a falar... mas o seu raciocínio é interrompido pelo toque do telemóvel. É o Luís Piçarra. O toque do telemóvel, claro. "Sou do Benfica/E isso me envaidece/Tenho a genica/Que a qualquer engrandece/Sou de um clube lutador/Que na luta com fervor/Nunca encontrou rival/Neste nosso Portugal". Eusébio olha para o monitor, atende, fala de mansinho e adia a conversa para outra altura. Agora, é a hora do i. Finalmente.

Isso é o "Ser Benfiquista"...

Sim. Do Luís Piçarra! Nem imaginas o frisson que a música causava a nós, jogadores, antes dos jogos. Estávamos ali perfilados, com o adversário e os árbitros, de repente os altifalantes davam a música, nós ficávamos em pele de galinha e era como que entrássemos em campo já a ganhar. Fosse quem fosse. O Sporting ou o Real Madrid.

Pois, é curioso que fala nisso, porque vai ao encontro de uma das minhas perguntas: como é possível o Eusébio ter estado 15 anos no Benfica e só ter perdido seis jogos em 275 no Estádio da Luz? E como é que o Eusébio marcou em quatro dessas derrotas?

A sério? Seis? E já foram muitas [e ri-se com vontade]. Com quem foram?

Santos de Pelé (2-5) e FC Porto (1-2) em 1962, Sporting (0-2) em 1963, outra vez Sporting (2-4) em 1965, Manchester United (1-5) em 1966 e Ajax (1-3) em 1969.

[Eusébio olha para o ar e começa a falar só para si, mas alto] Desses seis, só dois foram para o campeonato nacional [FC Porto e Sporting-65]. O Santos, para a Taça Intercontinental. Manchester United e Ajax, para a Taça dos Campeões. E esse 2-0 com o Sporting para a Taça de Portugal. Ganhámos lá, em Alvalade, por 1-0, golo do Águas. Depois, perdemos 2-0. Dois do Figueiredo. Olha, foi essa vitória que nos tirou da final da Taça de Portugal mas permitiu ao Sporting ganhar 4-0 ao V. Guimarães e garantir o lugar na Taça das Taças, que haveria de levantar na época seguinte. Nada mal, ajudámos o Sporting, não foi?! [e ri-se mais ainda, entre dois toques do Luís Piçarra].

Porque é que disse "fosse quem fosse: o Sporting ou o Real Madrid"?

O Sporting, porque representei-os em Lourenço Marques, agora Maputo, e porque sempre foi o grande rival do Benfica. Nas 15 épocas de Benfica, fomos campeões nacionais 11 vezes e eles quatro. O FC Porto nunca foi campeão português no meu tempo. E também raramente me ganhou. Na Luz, já vimos, só uma vez. E lembro-me de uma outra vez, bem mais pesada: 4-0 nas Antas. Quatro golos do Lemos. Lembro-me perfeitamente do Rui, que era o guarda-redes do Porto, a dizer-me isso: ''Este ano é nosso'' [esse 4-0 foi em Janeiro de 1971 e estávamos na 18.ª jornada, pelo que faltavam oito para acabar o campeonato, aí liderado por Sporting, com três pontos de avanço sobre V. Setúbal, Benfica e FC Porto]. Eu disse-lhe: ''cuidado com isso, Rui. Ainda vamos ser nós os campeões.'' E fomos mesmo campeões [com três pontos de avanço sobre o Sporting, quatro sobre o FC Porto e sete sobre o V. Setúbal]. No dia em que nos sagrámos campeões, na última jornada, 5-1 à Académica [e faz o gesto de cinco com a mão direita, depois de pousar o garfo no prato], o Rui ligou-me para casa, porque naquela altura não havia nada de telemóveis: ''Tinhas razão. Vocês foram mesmo os campeões. Parabéns.'' Foi um gesto bonito, o dele.

E o Real Madrid?

O quê?

E o Real Madrid? Disse "fosse quem fosse...

Ah, está bem. Desde que me lembro da minha existência [Eusébio nasceu em Janeiro de 1942], o Real Madrid sempre foi a equipa. A máquina. E o Di Stéfano o meu grande ídolo. Eu estava em África e ouvia falar muito do Di Stéfano, do senhor que ele era, do futebol que ele jogava. Não o via a jogar, claro, mas os jornais que chegavam a Lourenço Marques, com dois ou três dias de atraso em relação à data da edição, noticiavam as façanhas do Real Madrid, a equipa que dominava o panorama europeu, como se viu com a conquista das cinco Taças dos Campeões seguidas [entre 1956 e 1960]. E o Di Stéfano era o meu ídolo.

E calhou logo encontrá-lo na sua primeira final europeia, em 1962!

Pois foi. Ganhámos 5-3, a perder 3-2 ao intervalo com três golos do Puskas. Na segunda parte, demos a volta e marquei dois golos, um deles de penálti. Antes do jogo, eu disse ao Coluna para pedir autorização ao Di Stéfano que me desse a sua camisola número 9 no final. Jogámos, ganhámos e, quando o árbitro apitou para o fim, lembrei ao Coluna o pedido da camisola. Lá fomos e o Di Stéfano, cabisbaixo mas afável, deu-me a camisola. Vê lá, tinha acabado de me sagrar campeão europeu e só queria a camisola do Di Stéfano. Está guardada, e é uma relíquia.

Já naquele tempo era costume trocar de camisola?

Não muito, mas eu era novo e o Di Stéfano era uma referência. Ainda hoje é! Aquele era o momento.

Trocou com mais quem?

Tanta gente. Hilário, do Sporting.

E voltámos ao Sporting. Por muitos defesas que o tenham marcado, foi um guarda-redes que ficou célebre por sua causa: o Damas!

Grande amigo. Havia uma rivalidade dentro de campo pelas equipas que representávamos mas a nossa amizade era superior a tudo isso. Quando nos encontrávamos por acaso em Lisboa, íamos almoçar ou jantar ou as duas coisas com as nossas famílias. Juntos, vivemos grandes tardes. Na Luz, em Alvalade, no Jamor. Grande homem, grande guarda-redes.

O Damas também ficou conhecido como o Eusébio do Sporting. Aliás, imagine Portugal sem Eusébio. Não havia estátua Eusébio no Estádio da Luz, não havia Damas como Eusébio do Sporting, não havia jogador português no top 10 dos melhores de sempre do século XX, provavelmente o Sporting tinha ganho mais campeonatos, o Benfica menos... Pergunta: se o Eusébio não tivesse vindo para Portugal, o que estava agora a fazer?

A jogar futebol. Acredita em mim. O meu futuro seria sempre futebolista. Há até uma história curiosa. A minha mãe nunca me quis deixar ir embora de Lourenço Marques. Aos 15 anos, a Juventus, a Juventus de Itália, ok?, queria contratar-me, porque um olheiro deles, que tinha sido um conhecido guarda-redes italiano da Juventus, viu-me e disse-lhes que havia ali um rapaz com potencial, que seria bom aproveitar enquanto eu estivesse incógnito. A Juventus chegou-se à frente mas a minha mãe não quis ouvir nada nem ninguém.

Como eram esses tempos em Lourenço Marques?

Grandiosos. Lembro-me dos jogos que fazíamos. Lembro-me de procurar meias, enrolá-las todas, misturá-las com papel de jornal e daí fazer uma bola. E lembro-me também dos nossos concursos. Quem ganhasse, comia dez castanhas!

Como é que era isso?

Eram concursos de habilidade. Tínhamos de fazer corridas com distâncias pré-definidas a dar toques naquelas bolas [e começa a explicar por gestos, com as duas mãos]. Primeira prova: 20 metros. O primeiro a dar chegar à linha da meta sem deixar a bola e trocá-la do pé direito para o esquerdo o maior número de vezes possível qualificava-se para a fase seguinte, que era a prova dos 50 metros, daí para os 100 e acabávamos nos 200 metros. Sempre na mesma coisa: pé direito, pé esquerdo, pá, pá, pá, pá [as mãos a bater uma na outra fazem eco na Tia Matilde] até cortar a meta. Aquilo eram tardes a fio, dias seguidos, meses, anos... O vencedor ganhava castanhas que assávamos ali na hora, mas nunca, nem por uma vez, o vencedor ficou com todas as castanhas. Qualquer que fosse o vencedor, dividia-as com todos os outros. Ehhh, grandes tempos [olha em frente, para uma parede vazia de conteúdo, mas os olhos transmitem emoção]. Cá em Portugal, o meu treino era outro, claro.

Então?

No final de cada treino, eu ficava no campo a treinar remates. Punha dez bolas ao longo da grande área e ia rematando à baliza. Pá, pá, pá [a Tia Matilde não estremece com o eco, mas pouco falta], pé direito, pé esquerdo, ao ângulo superior, rasteiro ao poste mais distante. Fazia este exercício dez vezes por dia, o que dava cem remates no total. Dez à vez, depois ia buscar as bolas, porque não havia cá apanha-bolas nem nada, não é? Distribuía as bolas outra vez pela área e pá, pá, pá, pá.

Um dia destes, vi uma fotografia sua à baliza. O Eusébio tinha estilo, hããã!

[sem mexer as pernas nem os pés, move o tronco para direita e para a esquerda] O treino de guarda-redes era o melhor para os rins, para os abdominais. Para ficar definitivamente em forma, ia à baliza na parte final dos treinos e dizia ao Simões para me atirar bolas para o lado esquerdo e para o lado direito. Com a mão, mas também em jogadas de um para um. E eu atirava-me aos pés dele.

Podia então ter defendido a baliza do Benfica naquela final da Taça dos Campeões com o Inter, em Milão, quando o Costa Pereira se lesionou?

Sim, podia.

Bem... se fosse, a sua lenda era maior ainda: ir à baliza numa final da Taça dos Campeões. E se não sofresse nenhum golo, como aconteceu com o Germano? Aí então...

Nessa final com o Inter, havia três hipóteses: eu, o Cavém e o Germano. Como estávamos a perder e precisávamos de dar a volta, eu fiquei na frente e lá foi o Germano para a baliza, que manteve o 1-0. Ele já estava a coxear e sem hipótese de acompanhar o arranque de algum adversário.

Sabe qual foi o guarda-redes a quem marcou mais golos?

Não.

Ao Américo, do FC Porto.

Quantos?

17.

Estivemos juntos no Mundial-66. Belo guarda-redes. Porto e Sporting sempre estiveram bem representados na baliza.

Tirando o Damas, quem se destacava mais? Carvalho, Octávio de Sá, Carlos Gomes...

O Carlos Gomes [e olha para a frente, como se o estivesse a ver naquele preciso momento]. Uma vez, quando ele defendia o Atlético, treinado pelo José Águas [1961-62], o intervalo de um jogo com o Benfica demorou mais tempo que o habitual. A PIDE estava na Tapadinha e ia levá-lo para interrogatório. Mas só depois do jogo. Ao intervalo, um amigo dele, que também era meu, alertou-o para isso, meteu-o na bagageira de um boca de sapo [Citröen] e lá foram para Badajoz. O Carlos Gomes foi parar a Marrocos, a jogar no Tânger. E o intervalo desse jogo demorou sei lá o quê. Quando o Atlético entrou em campo, o Carlos Gomes já estava a caminho de Badajoz. Sabes porque é que o Carlos Gomes está aqui? [e aponta para a cabeça]

Não faço ideia. Sei que ele sempre foi irreverente e que jogava de preto, em protesto com o amadorismo do futebol e dos seus dirigentes.

Não [e esboça um sorriso largo]. Lembro-me dele era eu um miúdo de oito anos e ia ver com o meu tio os particulares das equipas portuguesas em Lourenço Marques. Era um costume, e antes dessa equipas regressarem a Portugal, ainda iam à África do Sul para ganhar mais um cachet. Lá, os negros não podiam jogar. Lembro-me que o Sporting jogou em Lourenço Marques com o Jorge Mendonça e na África do Sul não o pôde fazer. Eles tinham um campeonato para brancos e outro para negros. Mas porquê? Se somos todos iguais: brancos, pretos, amarelos, azuis... Na África do Sul, era assim. E lembro-me que o Atlético Clube de Portugal [faz questão de repetir o nome do clube] chegou à África do Sul e voltou logo para Portugal, porque recusou as imposições dos sul-africanos, de jogar sem o Ben David, que era cá um jogador [quatro golos em seis internacionalizações por Portugal, entre 1950 e 1952]. Mas volto ao Carlos Gomes.

Ok. Carlos Gomes, então

Num jogo desses, ele foi expulso de campo. E eu lembro-me, tão bem, mas tão bem, da malandrice dele. [Eusébio faz o gesto do árbitro "para a rua", porque ainda não havia cartões, e traça uma grande área imaginária com talheres, pratos e copos, sem tirar o guardanapo de cima daquele que tem água] Ele foi da baliza até à bandeirola de canto e daí até ao meio-campo sempre pela linha, sem nunca sair do campo. Estavam todos a olhar para ele, a ver quando saía para recomeçar o jogo. Quando ele chegou ao meio-campo, desapareceu rumo ao balneário. Quando cheguei a Portugal, vi-o e disse para mim ''olha quem é ele''.

Quando chegou a Portugal... Ainda se lembra do primeiro jogo que viu do Benfica?

Claro. Cheguei numa quinta-feira [15 de Dezembro], depois da mais longa viagem de sempre. Acho que foram 30 ou 31 horas de avião. Tantas escalas... Só me lembro de uma: Dacar [Senegal].

E depois?

Bem, cheguei a Lisboa à noite e do aeroporto fui para o Lar do Jogador, onde conheci todos os jogadores e mais o treinador, o Bela Guttmann. Sabes que ele nunca me tratou por Eusébio? Nunca! Era sempre o menino. O menino tem de ir connosco, o menino tem de fazer isto, o menino tem aquilo... Do Lar do Jogador, viajei para a Covilhã. Apanhei o comboio aqui [e aponta lá para fora, para a Estação do Rego]. Fazia cá um frio lá em cima. Quis ir-me embora. De lá, da Covilhã, e até de Portugal. Foi o Coluna que me sossegou. Eu conhecia-o de Lourenço Marques e as nossas famílias davam-se bem. Eu até tratava a mãe dele por tia. E o meu irmão deu-me uma carta para lhe entregar no dia em que o visse em Lisboa. Nesse jogo na Covilhã, começámos a perder mas ganhámos 3-1.

Chegou em Dezembro de 1960 mas só se estreou em Junho de 1961.

Sim, houve muita burocracia pelo meio, entre Sporting, Benfica, federação... Em Junho, lá me estreei. A 1 de Junho, no dia seguinte ao Benfica ter ganho a primeira Taça dos Campeões [3-2 ao Barcelona, em Berna]. A Federação Portuguesa não quis adiar o jogo e o Benfica apresentou a equipa B. Perdemos 4-1, nos Arcos.

Mas o Eusébio marcou um golo [o 473.º e último golo oficial de Eusébio pelo Benfica, em Março de 1975, também foi com o V. Setúbal, mas já no Bonfim]

Sim, o 3-1.

E também falhou um penálti?

È verdade, defendido pelo Félix. O pai do Mourinho.

Falhou mais penáltis?

Um para o Maló, da Académica [na Luz, em Outubro de 1966: 2-1 para o Benfica]. E outro para o União de Almeirim.

Como é que é?

Para a Taça de Portugal, com o União de Almeirim [32 avos-de-final, a 9 de Fevereiro de 1969]. Ganhámos 8-0, eu já tinha marcado três ou quatro, não me lembro bem [foram três, e vale a pena dizer que Eusébio marcou 18 em nove jogos nessa edição da Taça, que o Benfica levantou, numa final com a Académica, que meteu prolongamento e só se evitou um segundo jogo por-culpa-vocês-sabem-de-quem]. E houve um penálti. Eu fui batê-lo e o guarda-redes disse-me que o pai dele estava no Estádio da Luz. Eu então disse-lhe que ia atirar para aquele lado [Eusébio aponta o seu lado direito] e ele foi lá buscá-la. Eu e ele tirámos fotografias, com o pai também, e, durante essa semana, ele virou herói nacional, com reportagens numa série de jornais. Foi engraçado [e sorri largamente, como se lhe estivessem a dar uma Bola de Ouro].

Seis derrotas na Luz, 11 títulos de campeão nacional em 15 épocas, três penáltis falhados, duas Botas de Ouro [melhor marcador europeu] e uma Bola de Ouro [melhor jogador da Europa para a France Football]. Que carreira. Falta-lhe alguma coisa?

Já que fala nisso... Podia ter ganho duas Bolas de Ouro.

Pois. Ganhou uma em 1965, com oito pontos de vantagem sobre Facchetti, lateral italiano do Inter. Mas perdeu a de 1966, para Bobby Charlton. Por um ponto, não foi?

Sim. Um ponto.

E o voto foi de um jornalista português, o Couto e Santos, do Mundo Desportivo. Ele votou no Bobby Charlton em primeiro lugar, eu em segundo [em 1966, Charlton foi campeão do mundo e eleito o melhor jogador pela FIFA numa prova em que Eusébio foi melhor marcador destacado, com nove golos em seis jogos]. O Charlton acabou com 81 pontos, eu com 80. Se ele votasse em mim, seria o contrário: eu 81, o Charlton 80.

E alguma vez falou com Couto e Santos sobre isso?

Siiim. Ele sempre me disse que votou no Charlton porque julgava que eu ia ganhar com avanço. Como é que alguém pode pensar isso numa votação secreta? E o que é que eu podia fazer-lhe? Nada, não é? Apenas perguntei-lhe e ele respondeu-me desta forma. Se ele votasse, eu seria o primeiro jogador a ganhar a Bola de Ouro duas vezes seguidas.

A Bola de Ouro perdida para o Bobby Charlton. Mais alguma coisa que lhe falta? Li algures que nunca jogou com o Matateu.

É verdade, o Matateu. Ele nunca jogou comig... Desculpa, eu nunca joguei com o Matateu. Assim é que é, assim é que se deve dizer: eu nunca joguei com ele. Só uns treinos na selecção portuguesa, com o Peyroteo a treinador. [E o Luís Piçarra entra novamente pelos nossos ouvidos dentro... Eusébio é ou não é um prato?]

terça-feira, 30 de novembro de 2010

os gangsters!

alguma coisa vai mal quando um clube de futebol, que até está a 8 pontos do segundo classificado, vem comentar a tentativa do JJ para que um tal de cadete cumprisse os regulamentos a que está adstrito. só tenho pena que alguns dos poucos, mas grandes amigos que tenho do fcp, ainda não tenham visto quem está à frente dos destinos de um clube que nunca deixará de ser regional. gangsters? não consigo parar de rir com tamanha manifestação de ridículo.

xau

Cardozo, Tacuara Cardozo, o melhor goleador do Benfica da última vintena de anos voltou e com ele a alegria de Saviola voltou ao relvado.
o futebol simples de Tacuara faz renascer a esperança numa segunda volta em que tudo é possível.
xau.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

JJ, LFV e RC

custa alguma coisa dizer qualquer coisa como isto?

os meninos mimados e o que ainda temos a ganhar

no ano passado por esta altura, fonte que lidou de perto com o nosso número 23, confidenciou-me que este lhe terá dito que já não tinham paciência para ouvir o JJ.
depois disso, veio o jogo com o olhanense e a vitória frente aos actuais líderes do campeonato que nos catapultou para o ceptro.
nesta altura do campeonato, com muita coisa deitada à rua, ainda podemos ter alguma esperança, caso o nosso 23, perfeitamente deslumbrado com todas as notícias de que vale isto e aquilo, e outros que por lá andam, saírem em janeiro. mas como não podem sair todos, o inevitável é que seja o JJ a sair, não pelo seu pé, mas despedido. e aí vai ser o bom e o bonito, porque o homem não vai calar-se até ao final do campeonato e até que entre pela porta grande como treinador do nosso maior adversário nos tempos que correm.
percebe-se que JJ não soube lidar com o êxito como não o souberam o presidente e a escória que o rodeia. as afirmações ébrias que temos ouvido desde o final da época passada são disso espelho.
claro que o futebol é o penalty não marcado e o golo mal anulado, como tivemos alguns este ano, incluindo em telavive. mas isso não chega como desculpa. é preciso jogar à bola, comer a relva e pensar em honrar os contratos que se assinaram.
não sou ingénuo ao ponto de pensar que o futebol de hoje é igual ao da minha infância em que os jogadores ainda tinham amor à camisola. mas, cum camandro, daí a serem uns meninos mimados como o nosso 23 ou alguns dos que por lá andam, vai uma grande distância.
apesar de tudo, ainda podemos ter algumas coisas a ganhar, a primeira delas experiência para que os erros não voltem a repetir-se.
não que tivesse grandes esperanças em ganhar o que quer que fosse na champions e até acho que se tudo correr bem, pode ter sido o melhor que nos aconteceu, já que na liga europa podemos ter uma palavra a dizer.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

obviamente, demita-se ou demitam-no

e com o treinador pode ir o director desportivo e o presidente.
não podemos ter amadores à frente do Sport Lisboa e Benfica.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

dezembro à Benfica

dia 7, os alemães, naquilo que espero venha a ser um jogo decisivo para o segundo lugar do grupo.
dia 12, o braguinha, para carimbar a passagem à fase seguinte da taça.
dia 18, o rio ave, para a liga.
3 jogos em casa e por pouco seriam 4, com o de dia 3 frente ao olhanense.
há lá coisa melhor do que ir a nossa casa apoiar o Benfica?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

curativo

depois de uma semana de dores de alma, lá estava eu às 2:15 frente ao televisor para ver o Maior de Portugal.
a primeira parte quase deu em recaída mas o efeito curativo do Benfica, com um Gaitan em grande, teve um cheirinho da época passada, apesar da aparente baixa de forma do Coentrão e de um gajo chamado David Luiz que tem de estar uns tempos ao copo (expressão celebrizada pelo grande treinador do Alto de Pina, Fernando Miguel Ribeiro dos Santos Castelo, Becas para os amigos, para indicar que tem de passar uns tempos no banco de suplentes).
ah, e quando é que expulsam ou tomam medidas para punir com interdição de entrada na Catedral adeptos (?) que assobiam jogadores que têm o manto sagrado do Sport Lisboa e Benfica vestido assim que entram em campo?

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

mensagem enviada ao jornal a bola

"Exmos. Senhores
Na sequência da vergonhosa censura ao colunista sportinguista josé diogo quintela e posterior abandono do mesmo e do Ricardo Araújo Pereira, nada mais há para ler nesse diário que outrora era conhecido como a Bíblia.
Nesse sentido, solicito a suspensão do serviço associado ao endereço de correio electrónico, pretendendo ser ressarcido dos meses que faltam da subscrição.
Estou ao dispor para qualquer esclarecimento adicional que julguem necessário.
Com os melhores cumprimentos

Sócio do Sport Lisboa e Benfica 18887."

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

palavras que não se podem dizer na rádio

há 3 dias enviei ao Mestre (este é mesmo Mestre, não é como o outro que de mestre tem pouco) GA uma mensagem em que lhe pedia um prognóstico para o jogo desta madrugada. dizia qualquer coisa como "domingo, prognósticos? P'ra mim goleada villas vs JJ (armado em bom) mas gostava d'ouvir o Mestre". a resposta não tardou: "domingo há + dragao porque o Jesus nao e esperto".
ora, vindo de quem sabe, infelizmente confirmou aquilo que já há algumas semanas dizia a quem me está mais próximo nas lides futebolísticas.
o nosso adversário está uma máquina de jogar à bola, com jogadores acima da média do meio campo para a frente onde se destaca aquele rapaz que é uma força da natureza e que jogava no japão há pouco mais de 3 anos, depois de uma passagem fugaz pelo vilanovense.
não é só esse. é esse, é o moutinho (aí, concordo com o Vici que considera que este título do adversário também deve ser partilhado com o cotonete lagartino), é o falcão, é o varela... enfim, uma equipa não tão fulgurante como o Benfica da época passada, no que diz respeito ao futebol ofensivo e à pressão e ao espectáculo, mas uma equipa coesa, muito eficaz e bem organizada defensivamente.
saiu-lhes, é certo, e como me disse o meu amigo Becas no final da partida, tudo bem. 3 primeiros remates, 3 golos. pouco ou nada há a fazer depois disso que não seja minimizar os danos.
o JJ errou muito desde o momento em que escalou a equipa. transmitiu uma ideia de medo ao colocar um central que até nem está a fazer uma boa época, fruto do endeusamento da comunicação social, a defesa-esquerdo. não lhe serviu de lição anfield road. e aí, sim, o JJ, que até é um gajo que percebe de bola, é teimoso. teimosia que, quase sempre, significa defeito, mas que até pode ser uma boa qualidade em algumas situações. mas esta teimosia do JJ é sinónimo de burrice ou de incapacidade ou de qualquer outra coisa que não conseguimos explicar. como o facto de o Airton estar proscrito, do Saviola ter ficado no banco, do Aimar ter jogado a segundo ponta de lança.
o futebol tem muito pouco para ser inventado. está tudo escrito, estudado, esmiuçado. inventar contra a selecção angolana no particular de quarta-feira, até pode acontecer. contra o adversário desta madrugada, nunca!
mas será que ninguém consegue pôr isso na cabeça do homem?
ou a bebedeira colectiva com atitude de barões intocáveis só porque ganharam - e bem! - um título, causa cegueira? as comissões e mais comissões que o JJ e toda a entourage Vieiriana comeram desde o início do ano não são suficientes? chega de amadorismo bacoco, provinciano. a única forma de poder aspirar a ganhar um jogo como o de ontem seria partir para cima deles desde o primeiro minuto. podíamos perder por 5, é certo, até por 10, mas nunca com um só remate à baliza digno desse nome.
parabéns aos vencedores que foram dignos, dentro do campo, da posição que ocupam e que vão ocupar até ao final do ano. talvez não sejam dignos de alguns adeptos que têm e que não sabem ganhar nem perder e preferem atirar bolas de golfe para dentro do relvado. como sempre, a punição vai dar em nada.
hoje, quando botei faladura no jornal de desporto da rádio macau invadiu-me uma tristeza imensa de ter de reconhecer a superioridade do adversário perante a incompetência dos nossos. sejam pelo menos competentes até ao final do ano. era a tristeza imensa misturada por uma pequena sensação de alívio de saber que até maio vou dormir mais aos fins-de-semana visto não ter de acordar para ouvir de madrugada o nosso Clube... ehehe, como se isso fosse possível!?!
agora, resta contar os mortos e tratar dos feridos.
uma nota final para a grande inimiga do Benfica desde há muito: comunicação social, com especial destaque para o jornal "A Bola".

venha o fmi

e que a primeira medida seja o despedimento dos incompetentes.

O Jesus enganou-me bem...

Era so isto.


domingo, 7 de novembro de 2010

Domingo Gordo.



Domingo. Um Domingo como deviam ser todos. Não chove, não estou de ressaca, avizinha-se um belo jantar e é dia de fcp-SLB. Dia de clássico, portanto. O verdadeiro, não um qualquer. Duas grandes equipas, as melhores de hoje e de sempre (exceptuando o scp do Jesus Correia, Travaços, Vasques, Albano e Peyroteo - um luxo que o imorredouro António Silva perpetuou no "Leão da Estrela"). Desejo uma vitória do meu clube, mas cheira-me a empate. O futebol tem muita merda, mas também tem disto: paixão, história, honra, classe. E, espero, respeito, muito respeito. Um grande abraço aos portistas e benfiquistas. Que ganhe o melhor. E, já agora, que o melhor seja o Benfica.

P.S.: Até porque a minha velha faz anos hoje e vai ficar muito chateada se o Benfas não ganhar...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

o jogo do título

não há volta a dar-lhe.
uma derrota com o principal opositor no próximo domingo atirará o Benfica para uma tarefa quase impossível. é verdade que ainda faltarão 60 pontos para disputar e que a distância será só de 10 pontos. mas ninguém está a ver nós a ganhar todos os jogos e eles a perderem uns 3 ou 4.
até se apagar a luz na passada terça-feira, o Benfica mostrou que está em condições de disputar o jogo. mas, quer parecer-me (olá xô Vici) que estamos mais fracos que o opositor, moralizado pela excelente campanha que tem feito, com ajudas aqui e ali, é verdade, e com desajudas ao Benfica.
no outro dia, em conversa com um amigo meu que vive na vizinha hong kong e que é adepto do fcp, cheguei à conclusão que ainda há pessoas desse clube que sabem ver bola. disse-me qualquer coisa como isto: "meu caro, há muitos anos que vou à bola e tive a oportunidade de ir ver o guimarães Benfica. eu, que sou do fcp, nunca vi nada assim. foi um roubo tão mas tão grande que até fez impressão." estariamos a apenas 4 pontos ou a 5 o que é diferente do que estar iminente a distância dos 10 pontos.
tudo visto e ponderado, tenho fé que podemos sair do dragão pelo menos sem a derrota o que nos permitirá sonhar com mais qualquer coisa, quando o fcp se prepara para visitar alvalade. mas é só mesmo fé. porque as peripécias que vão rodear a partida e o historial de jogos lá, leva-me a concluir que será tarefa quase impossível.
que seja um grande jogo, que ganhe o melhor e que não haja feridos graves nem mortos antes, durante e depois do jogo são os meus votos.
se quiserem enviar pelo correio umas bolas de golfe, fazem bem melhor do que enviarem para o relvado.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

quando tudo deixa de fazer sentido

momentos há em que o futebol e tudo o resto que esta vida nos dá, devem passar para o final da fila das prioridades ou até deixar de a ser. quando tudo deixa de fazer sentido ou damos por nós a perguntar se há alguma coisa que faz sentido quando alguém que não pediu, não merecia, não podia, não devia ver-lhe cortada a alegria de viver de forma abrupta.
tudo o que conquistamos, discutimos, fazemos, olhamos deixa de fazer sentido ou de ter a importância que por vezes lhe damos. ontem e hoje foram desses dias em que a única coisa que apetece é perguntar: mas porquê uma criança com 7 anos? por que é que tanto, mas tanto facínora que anda à solta não vai no lugar de um inocente? diz que é a vida. se é mesmo ela, apetece gritar, ora merda para a vida!
que descanses em Paz, puto.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

da magia de Pablito ao apagão de Jesus

Primo
ainda estou estupefacto com o que vi na sexta-feira passada. Pablo César Aimar, o que estava acabado para o futebol e vinha para o Benfica para a reforma, pega na redondinha no meio-campo defensivo e vai por ali fora até rematar em jeito para o canto superior direito de um cássio que estava estupefacto como os que foram à Luz.
o resto do jogo com o paços (que rematou mais do que o Benfica!!) foi uma tristeza, com excepção de um Roberto superior.
Secondo
Roberto inferior foi o que tivemos ontem. estava ansioso, queria sacodir a bola qual jogador do odivelas a ganhar 1-0 ao rio ave ao minuto 95 (já tinha passado 1 minuto do tempo extra) e manda uma casa das antigas... antes disso, noite perfeita até ao primeiro golo do lyon. mas, a teoria da embriaguez do JJ teve mais um capítulo. ele, que diz que o Benfica joga como poucos na europa, diz qualquer coisa como isto: "vamos lá humilhar o lyon. já que comecei com 10 (sim, o Peixoto) e estou a ganhar 4-0, que tal passar a jogar com 7 (Jara, Meneses e um outro que nem me lembro do nome! ah, o Weldon)? para quê pôr o Airton, vamos é dar rodagem a jogadores em que apostei!"
quase que se deu mal. aliás, JJ este ano está a dar-se mal com algumas opções.
vitória importantíssima, por números que já não se usam, a fazer como o campeão da europa contra os spurs há duas semanas!
até ao minuto 70, viu-se o Benfica como há muito não se via. Coentrão começa a ser um case study e em janeiro já era. Martins outro.
muito difícil o próximo jogo, à semelhança deste, mas em futebol tudo é possível. não sou dos que acham que resultados como o de ontem catapultam o Benfica para a candidatura ao ceptro europeu nem que será fácil ganhar no campo do nosso principal opositor interno. mas são vitórias como a de ontem (até aos 70 minutos) que podem dar moral e fazer com que no resto da temporada ainda possamos lutar pelos títulos onde estamos envolvidos.
nota final - o Benfica joga tão bem sem o Gaitan.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

o derby, o dinheiro e os excursionistas

apenas consigo conceber uma ida a Luanda para jogar numa quarta-feira, 10 de novembro, à luz do seguinte (qualquer uma delas serve):
1. vamos ser apedrejados e swingados com bolas de golfe e não jogamos o derby com o líder do campeonato;
2. há muito dinheiro angolano metido no Sport Lisboa e Benfica;
3. levam excursionistas para a despedida do Mantorras;
4. está tudo maluco para os lados da Luz;
5. depois dos convocados do leiria para o jogo de ontem e do que se passou no jogo de ontem, já toda a gente percebeu quem vai ser o campeão e a toalha foi atirada ao chão;
6. está tudo embriagado para os lados da Luz.
ps - o leiria do bartolomeu não estava no processo apito dourado?

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

RAP n'A Bola

"E isso me envaidece

Estive ontem mais de duas horas a conversar com um adepto do Benfica. Chama se António Lobo Antunes e é, alem de benfiquista, um grande escritor. Um dos maiores do mundo. Sempre que lhe dão um prémio literário, e já lhos deram quase todos, fica mais prestigiado o prémio do que ele. Tem diplomas, medalhas, vários quadros de grandes pintores que quiseram pintar-lhe o retrato. Creio, por isso, que os leitores não serão capazes de lhe censurar a vaidade se disser que, em casa dele, na parede do quarto, está, emoldura da, a sua ficha de inscrição como sócio do Sport Lisboa e Benfica. Cada um tem as suas honrarias, e a vontade de exibir as maiores é apenas humana. «É extraordinário», disse ele a olhar para a moldura, «como um clube fundado por órfãos da Casa Pia - ao contrário do Sporting, fundado por um Visconde, e do Porto, fundado por banqueiros - consegue...» E, entretanto, faltaram-lhe as palavras.

«É extraordinário», limitou-se a repetir. Confesso que fiquei desapontado. Afinal, um grande escritor não fazia milagres: quando alguma coisa era do domínio do indizível, não havia vocabulário, nem talento, nem nada que lhe valesse. Mas, nesse mesmo segundo, Lobo Antunes desmentiu-me. Encontrou as palavras que lhe faltavam, e começou a recitá-las: «Domiciano Barrocal Gomes Cavém. José Pinto de Carvalho Santos Águas. Mário Esteves Coluna. Alberto da Costa Pereira. José Augusto Pinto de Almeida. Ângelo Gaspar Martins. António José Simões da Costa.» Assim mesmo, com os nomes completos e sem hesitações. Mais adiante, nessa mesma tarde, António Lobo Antunes haveria de declamar um poema de Dylan Thomas. Mas não voltou a ser tão poético como naquele momento, à frente de uma ficha amarelecida por mais de 60 anos.

Antes de nos despedirmos, ainda registámos uma coincidência. No dia 23 de Maio de 1990, eu tinha 16 anos e estava a chorar em minha casa; António Lobo Antunes tinha 47 e estava a chorar na dele. Claro, Lobo Antunes é um génio, e eu sou apenas, e só quando consigo, eu. Mas, ao menos naqueles minutos que sucederam à final da Taça dos Campeões (duas ou três horas, no meu caso), a minha sensibilidade foi igual à dele. Não é a primeira vez que o Benfica faz de mim uma pessoa melhor, mas nunca deixa de ser surpreendente.
Feito este curto mas importante parêntesis, para a semana voltarei a dedicar-me às grotescas incongruências de Rui Moreira e Miguel Sousa Tavares, que é para isso que cá estou."

sardinhas magras

portimão tem as melhores sardinhas do mundo. tenras, saborosas e gordas. comidas debaixo da ponte, ainda sabem melhor.
esta madrugada foi necessário um cabezon do Javi para uma vitória magra, mas justa.
5 vitórias, 3 empates. como o nosso principal adversário não vai desarmar, teremos de ganhar no dragão para acalentar esperança de ainda acabarmos em primeiro. o j. sousa já está nomeado para esse jogo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

gaita (n)a bazófia provinciana

nunca mais aprendemos.
ontem, quando via o jornal da tarde que aqui é mais jornal da noite já que dá depois do telejornal local, e apareceu o JJ, não consegui parar de rir com as declarações de que o Benfica ganhar em Lyon seria normal.
estou cada vez mais convencido que o JJ ainda está ébrio desde a festa do título do ano passado e não acordou. se tivesse a equipa do ano passado, podia fazer as declarações que tem feito. mas não tem, isso viu-se no jogo da alemanha, e sobretudo no jogo de ontem. temos 4 golos sofridos, todos, TODOS, fruto de desatenções infantis dos nossos defesas:
1. César Peixoto, que ontem até entrou bem no jogo, tem uma daquelas tentativas de chegar à bola que nem os meus companheiros de futebolada fariam;
2. o David Luiz dá a bola ao raul;
3. o Carlos Martins dá a bola a um adversário quando tinha espaço para passar;
4. o Luisão está a ver o lisandro marcar depois de uma monumental defesa do Roberto.
quando a única coisa que se aproveita de um jogo do Sport Lisboa e Benfica é a exibição do guardião, está tudo dito. e que exibição! defesas impossíveis daquelas que no segundo anterior já estamos a ver quanto tempo falta para ainda darmos a volta.
alguém que chame à atenção ao JJ que tem de baixar a bolinha e que não pode fazer declarações daquelas se não tem estofo para as fazer. tal como disse após o jogo com os alemães, deixem-se de brincadeiras e concentrem-se nos jogos da liga zonsagres, porque não temos classe para jogar lá fora.
gaitan, gaitan, gaitan, se o Perestrelo estivesse vivo diria, vai à merda, meu!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

um homónimo com sorte

confesso que não sabia deste meu homónimo. nem o facto de a bbc, no acompanhamento que fez do resgate, indicar no seu minuto a minuto "2059 People on Mr Cortez's street have stockpiled "enormous quantities of beer, wine and pisco [grape liquor]" to welcome him back home with a party, newspaper reports have said." me faz recordar alguma coisa. mas, atendendo ao que se passou, sou menino para enviar uma jersey do Benfica para o chileno.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

evoluções

depois de um fim-de-semana fértil em estórias do outro tempo, mas que servem que nem uma luva aos que correm, onde parece que voltámos ao passado, eis que o Benfica é o grande vencedor do fim-de-semana futebolístico. ganhou em todos os campos - Luz, municipal de aveiro, guimarães e até no estádio internacional do youtube - e saltou para o segundo lugar da liga.
tivemos uma boa resposta depois da derrota contra os alemães.
é verdade que o braguinha teve algumas oportunidades, mas daí a falar-se em equilíbrio... curioso o facto de os treinadores dos dois últimos sportens a terem pisado o tapete da Luz comentarem, terem a lata de comentar, que houve equilíbrio em duas partidas de sentido único, a baliza dos adversários do Sport Lisboa e Benfica.
foi um grande duelo táctico com uma equipa a querer empatar e a outra a querer ganhar. os primeiros dez minutos foram "à Benfica". frenética a entrada em campo a pôr em sentido os bracarenses (braguistas, segundo marcelo).
depois desses minutos iniciais, os arsenalistas reequilibraram a contenda até aos 5 minutos finais da primeira parte onde o Benfica acabou por cima dos comandados pelo sr. paciência que voltou a não saber perder - será que os ex-jogadores do clube do mestre, que depois são treinadores, não sabem perder?
o golo, ganda pastilha! do Carlos Martins veio apenas dar justiça à exibição até aí conseguida.
gostei do Javi, que começa a acertar e da grande defesa do nosso Roberto que parece estar a engatar.
uma palavra para a arbitragem de que o meu amigo Becas nunca gosta de falar: mais uma vez fomos prejudicados. amarelos para nós, em barda. amarelos para a equipa que mais praticou anti-jogo, nem vê-los. devem andar a fazer contas ao jogo que vai decidir muita coisa daqui a 3 jornadas.
no final, aquela jogada do Coentrão tinha selo de golo e o 2-0 seria o melhor resultado.
agora, alguns dias de folga da liga porque os bentianos vão fazer pela vida rumo ao euro 2012.
esperemos que isso não trave a boa evolução em termos de fio-de-jogo do Benfica e, sobretudo, que ninguém se aleije.
duas notas finais:
1. andrezinho, o puto ventríloquo imitador, que até tem mostrado saber do ofício, deixou cair a máscara e agora até vê jogadas que não existem. será que lhe mostraram as repetições do outro jogo que teve lugar em guimarães aqui há uns tempos e foi esse que ele comentou no final?
2. a europa decadente, falida, vetusta, ainda tem jogadores de golf que podem proporcionar uma ryder cup épica! grandes momentos de golfe que se viram no celic manor.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

chanfana de borrego à moda germânica

ingredientes
15 kg de borrego com 104 anos, com pouca vontade de morrer
2 kg erros de principiante, sobretudo o do David Luiz
500 g de calculismo de quem quer ganhar um pontinho
2 kg de oportunidades falhadas à El Conejo
200 g de sorte do jogo
600 g de Takuara magoado
100 g de Kardec fora de forma
1 kg de raul com huntelaar
1 folha de azelhice e falta de classe
2 ramos de Coentrão cansado

preparação
época mal planeada com falta de soluções para o lado direito e para o lado esquerdo (da defesa ou do ataque) por forma a substituir Fábio à frente ou atrás.
depois, bom início de partida com ganas de ganhar.
a seguir ao intervalo, tirar El Conejo para entrar Aimar quando devia ter sido outro a sair.
tudo a marinar durante 90 minutos.
a meia hora do fim, deixar de atacar, à boa maneira dos treinadores portugueses do antigamente por forma a trazer um pontinho.
no final, ponha uma pitada de incapacidade e falta de classe para estas andanças, e já está, pronto a servir.

dica
deixem-se de atirar areia para os olhos e concentrem-se em ganhar ao braguinha, que esta competição não é para nós.

p.s. - curioso o facto das medidas de austeridade para o país (?) terem sido apresentadas pelo mentiroso-mor da nação durante a primeira parte. será que isso não afectou os nossos jogadores? é que veio da alemanha o aviso sério de que Portugal está cada vez mais sem solução, por mais que vão ao bolso de quem trabalha. adivinham-se dias ainda mais difíceis.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

schalke 04

amanhã joga-se muito do futuro do Benfica na champions. se conseguirmos um bom resultado, estaremos no bom caminho para a qualificação para a round 16. a partir daí, tudo é possível.
mas a falharmos golos como na madeira, será difícil aspirar a pouco mais que uns euritos.
Aimar, o jogador em melhor forma neste início de campeonato, está de volta.
quanto ao campeonato, já estará entregue a esta hora, mas temos de continuar a lutar e, se possível, dar um curativo ao braguinha na próxima jornada.
o 0-4 no nome do nosso opositor daria uns grandes trocadilhos para as capas da imprensa de quinta.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

27 remates, 1 golo

a roçar o surreal a quantidade de oportunidades falhadas pelo Benfica na pérola do atlântico.
contra uma equipa fraquinha, cheirou a goleada.
apesar disso, jogámos mal. estamos a jogar mal.
acertada a escolha de Gaitan para jogar sobre o lado direito.
Roberto começa a dar segurança e fez um punhado de boas defesas.
sofremos estupidamente e por culpa própria. o Cardozo falhou golos em que me fez lembrar o jorge cadete.
pelo meio, mais uma penalidade escandalosa.
por falar em escândalo, e que tal se escolhessem comentadores imparciais para comentar os jogos na rtpi? é que se nota e é quase de ir à loucura a forma parcial como querem que o Benfica perca. bem sei que o senhor em causa é sportinguista e que talvez não tenha ficado agradado com o resultado da semana passada ou com a possibilidade (que se confirmou) de o nosso clube ultrapassar o dele. mas daí a ver imagens que não estavam a passar, vai um passo de gigante.
estamos a levantar-nos. resta esperar que o nosso principal opositor perca uns pontinhos por aí. é que apesar das ajudas da arbitragem em alguns dos jogos, estão de facto consistentes e a jogar futebol.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

como assar bem um frango


é uma verdade quase absoluta que será muito difícil chegarmos ao bicampeonato.
por mais frangos que haja para virar, as brasas estão a apagar-se e o frango está muito perto de ficar mal assado.
mas isso não quer dizer que uma rabanada de vento não possa ainda colocar-nos na mesa um frango bem assado.
na época passada, perdemos 2 vezes (uma delas na cidade dos arcebispos, i.e., membros do clero dependentes do papa, com a ajuda do jorge sousa) e empatámos 5. ora, no total, estamos a falar em 16 pontos.
como podemos chegar ao título? ganhando todos os jogos até ao final do campeonato. são só 22 e até podemos empatar um ou outro. mas não podemos perder mais nenhum. o assador de frangos JJ acredita e eu também acredito. mas vai ser muito difícil se não mesmo impossível, não só porque estamos uns furos abaixo da época passada, mas também porque - com ou sem factores externos - o nosso principal oponente está mais forte, é um facto, e até tem contado com a ajuda dos olegários desta terra.
eles e os outros principais oponentes irão ganhar, com maior ou menor facilidade os jogos deste fim-de-semana. resta-nos ganhar o nosso e todos os que faltam até irmos à sicília levar com bolas de golfe. aí, com grande dificuldade teremos hipóteses de sair vitoriosos. mas, para os amantes da estatística, sempre que somos campeões nesta década, ganhamos no ano a seguir na casa do principal adversário.
vamos manter o sonho em brasas por mais algum tempo e por que não, atiçá-las.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

paulo bento, o novo seleccionador

paulo bento é um treinador competente. ganhou alguns títulos menores, perdeu outros, conseguiu fazer de jogadores banais uma equipa arrumada.
mas daí a ser seleccionador vai um passo de gigante.
por outro lado, é a mesma pessoa que foi suspensa 5 meses por ter agredido um dos membros da equipa de arbitragem no célebre jogo em que o abel xavier fez de baía.
por isso, acho que não devia sequer ser hipótese para seleccionador.
acresce ainda que o facto de o madaíl ter andado a namorar o mourinho remete-o para segunda escolha.
finalmente, o facto de não ir escolher o Carlos Martins e o varela também ajuda a que torça o nariz.
ah, tem uma coisa boa, é Benfiquista. e só por isso, dou-lhe o benefício da dúvida.

mais um lance que faz parte do futebol

rolando, mão na bola, penalty por marcar. mais um lance normal e que faz parte do futebol. bem, pelo menos, do nosso futebol.
é pena que nas 4 primeiras jornadas tenha havido vários, mas sempre contra uma das equipas.
parabéns ao vencedor.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Cardozão

poucos minutos volvidos e já uma jabulani beijava o barrote da baliza do patrício. oficialmente a primeira bola no barrote timorense de Lai Jo Fai que a contas com uma internet lenta, ouvia o que podia na tsf.
por essa altura já o Xanana estava contente. depois veio o K "messenjar" via BB messenger. confirmou-se que basta haver contacto, qualquer que seja, e o Benfica não perde.
a seguir, Cardozo imita o golo da última jornada contra o Rio Ave e lança-nos no jogo.
já antes tinha falhado à boca da baliza.
segunda parte, jogo de sentido único: o da baliza do pobre patrício.
o Benfica teve 6 ou 7 oportunidades de golo e o Cardozo esteve em todas.
assobiem o rapaz, que parece que dá resultado. pelo caminho ainda assobiaram o Peixoto e o joão pereira. para mim o duelo do jogo foi este. um duelo digno de um Tahar El Khalej vs de franceschi.
agora segue-se o marítimo e o braga com um 04 da alemanha pelo meio. sejamos felizes já na próxima madrugada e ainda pode haver muita coisa este ano.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

o xitrema

isto só pode ser provocação. um lagarto assumido e doente a arbitrar o derby.

ainda e sempre os assobios

é verdade que o rapaz está fora de forma. mas não consigo entender como é que na própria casa, e quando a equipa mais precisa, há adeptos a assobiarem alguém com a camisola do Benfica vestida. ainda por cima quando estamos a falar do melhor marcador do Benfica na época passada e um dos melhores de sempre nessa tarefa "pequena" de marcar golos. para os mais distraídos é o mesmo rapaz que no ano passado fez os últimos jogos lesionado e até pôs em risco a ida ao mundial.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

o nosso missionário Benfiquista em Timor



há pouco mais de 2 horas aterrou no aeroporto internacional de Díli o missionário Benfiquista Lai Jo Fai.
foi enorme o alvoroço nas redondezas só (mal) comparado à ida do presidente e do nosso Capitão, Nuno Gomes.
diz quem sabe que irá estruturar todo o sentir Benfiquista num povo que se orgulha dos valores da instituição.

é a segunda digressão asiática de Lai Jo Fai que leva daqui um forte abraço glorioso!

a cruz de Jesus

já só faltam os pregos. o resto está lá. JJ está a prazo. tenho pena. mas o futebol é cruel e não perdoará nem mais um deslize. o discurso de avestruz, apesar de termos sido fortemente prejudicados pela arbitragem em pelo menos 3 dos 4 jogos, já não me convence. JJ é inteligente e até podemos começar a fazer uma boa campanha na champions. mas acho que já começa a não haver condições. por muito menos foi despedido o Fernando Santos. a questão é, como há pouco mais de um ano, quem lhe sucederá?
os erros foram e continuam a ser muitos. há vacas sagradas no plantel que estão nitidamente fora de forma. Luisão, David Luiz e Cardozo são os casos mais gritantes. ainda assim não são sentados no banco porque Jesus continua a não querer ver.
tenho pena, mas da mesma forma que me deu muitas alegrias e me pôs a sonhar, está a deixar-me numa tristeza imensa com este início de época. não é o mais culpado, mas tem culpa no cartório. como a têm Rui Costa e Luis Filipe Vieira.
as medidas ontem anunciadas pelo Sport Lisboa e Benfica não me merecem qualquer comentário, de tão rídiculas, com excepção da olivedesportos e do laurentino dias: em relação à primeira é uma boa estratégia negocial. quanto ao segundo, é só uma face da incompetência e do bando de facínoras que governa o nosso país.

sábado, 11 de setembro de 2010

2 offsides que davam golo e 2 penalties


sim, e depois há amigos meus (olá Becas) que dizem que não há estratégia para acabar com o Benfica nesta e noutras épocas. está tudo controlado e esta época nem pensar intramuros ganhar alguma coisa. uma vergonha, os vendedores de fruta e café no seu esplendor.

a dedo

tudo escolhido a dedo.
cosme na primeira, proença na segunda, santos na terceira, querença na quarta agora soares dias e o campeonato está entregue. genial, presidente.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

ditos

depois do pôncio agora foi o presidente da liga, eleito com o voto do nosso Presidente que disse qualquer coisa como isto: "enquanto eu for presidente, o Benfica não ganha nada!"...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

José Torres, o Bom Gigante



faleceu hoje.
acho que vi os patrícios em 1984 e 1986 com muito mais atenção muito por culpa deste bom homem a quem a vida lhe foi madrasta nos últimos anos.
Paz à sua Alma Benfiquista.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

tristezas

é uma tristeza ver o Urreta que fez um jogão contra o fcp no ano passado a ser emprestado ao corunha e a fazer grandes exibições.
é uma tristeza ver o Makukula a ficar pendurado e a ter de treinar à parte se hoje não o contratarem para a turquia.
é uma tristeza ver o Zoro a mamar euros todos os meses.
é uma tristeza não se aproveitar a cantera.
é uma tristeza contratar-se um apelidado de craque por 6 milhões de euros e emprestá-lo ao bolton.
é uma tristeza o Alípio ter de ficar nos juniores porque não conseguiu colocação.
é uma tristeza gastar-se rios de dinheiro em contratações para depois ficarmos coxos.
é uma tristeza ver o que estão a fazer ao queiroz, de quem não gosto.
é uma tristeza ter um velho decadente, alcoólico, nojento a presidir aos destinos da federação portuguesa a troco de largas comissões.
é uma tristeza olhar para o futebol e ver máfia por todos os lados.
mas é ainda mais triste estarmos a 6 pontos do primeiro classificado.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

adivinhações

sábado à tarde encontrei um grande Benfiquista à saída de um supermercado aqui da terra e acabei por dar-lhe boleia até ao terminal marítimo onde iria apanhar o jetfoil para hong kong.
no caminho, disse-me qualquer coisa como isto: ainda há pouco estive com o Xô Vici que me disse que o que faltava ao Roberto era que defendesse um penalty no último minuto com o resultado em 1-0 para o Benfica.
mais tarde, já entusiasmado, e no momento em que o Maxi e o Júlio César fazem um disparate do tamanho do nosso Estádio, fruto da intranquilidade que se vive, liguei para o Lai Jo Fai e disse, com palavras que não posso aqui descrever, que o Roberto ía defender.
ainda antes do intervalo, assim que o árbitro marca canto, disse para quem estava a ver, que iria ser o 2-0.
assim que vi a nomeação dos homens do apito e que o jorge sousa iria apitar o porto, disse logo que iria beneficiar. ora, mais um penaltizinho não marcado para animar, não é, amigo Becas?
claro que são quase 30 anos a ver bola mas isso não invalida que cada vez goste mais de futebol e muito, muitíssimo, do Sport Lisboa e Benfica.
temos 15 dias para continuar a entrosar e a ganhar consistência e, finalmente, vai acabar a época de inscrições.

ps - a convocatória da selecção demonstra bem que o senhor queiroz está a mais e que despedi-lo ontem já era tarde.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

JJ em maus lençóis

ou ganhamos este fim-de-semana e nas duas próximas jornadas (sportém em casa daqui a duas) ou o JJ estará a caminho do cemitério de treinadores, made in avenida General Norton de Matos.
por outro lado, ainda na senda das brujas, é estranho e dá que pensar que os dois clubes que afrontam o clube do norte que equipa de azul por razões diferentes, um desportivamente, o Benfica, o outro por causa de um avançado, tenham (ambos os dois, como diria o lfv) 0 pontos nesta altura.
hleb? hleb? hleb? oh que caraças, hleb? pensava que jogadores com 3 consoantes no nome (de nascimento ou de guerra) só podiam jogar no clube azul: vlk ou hulk.

foi você que pediu um porto caceteiro?

não o futebol clube do porto não é só isto. mas quando oiço um senhor chamado pinto da costa, jorge nuno, nome que teria se tivesse bilhete de identidade de residente de Macau a dizer que ganhou uma taça contra caceteiros, só consigo rir, rir sem parar.


quinta-feira, 26 de agosto de 2010

santos e sousa

leio por aí que o pôncio monteiro já disse às bandeiras despregadas que "este ano está tudo controlado".
e que o cosme (sim, o machado) terá dito em público que com ele a apitar o Benfica só ganha se ele deixar.
agora são um tal de vasco santos na Luz e o sousa em vila do conde, mais dois da claque azul e branca.
que me perdoe o Becas, mas que las hay, hay!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

ojo por ojo

mal "acomparada" esperemos que esta história do nosso guardaneta não venha a tornar-se num caso assim ao estilo do vítor baía quando estava no barcelona, em que depois de uns frangos mais monumentais que as falhas do pobre do Roberto, foi mandado para o banco de onde nunca mais teve oportunidade de sair a não ser para o fcp onde ainda ganhou tudo o que havia para ganhar, com ou sem fruta.
a propósito disso, um comentário curioso na marca rezava assim: "ellos nos mandaron vitor baia y ahora nosotros le mandamos o Roberto, ojo por ojo".

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

vírus bossiano

acabou-se o estado de graça de JJ no Benfica. da mesma forma que o idolatraram e o puseram nos píncaros, vão acabar com ele em 3 tempos se não se puser a pau, que é como quem diz, se não tirar o Roberto da baliza, o Cardozo da frente de ataque e não se aventurar no 4-3-3. estamos num incrível penúltimo lugar a seis pontos do primeiro e acabou-se a margem de erro. ou arrancamos para uma recuperação fantástica rapidamente ou arriscamo-nos a nem à europa ir na próxima época.
ainda há muito ponto para jogar e ainda só dependemos de nós para ser novamente campeões.
mas, temo que o choque que o vírus bossiano encarnado em Roberto seja de tal forma grave que daqui a pouco tempo os indefectíveis adeptos comecem a pedir a cabeça de JJ. parece-me, no entanto, pouco condizente com a história do Sport Lisboa e Benfica que se crucifique um puto de 24 anos que não tem culpa nenhuma das comissões que empresários e dirigentes receberam, nem tampouco que haja um treinador que goste de arriscar e que esteja armado em teimoso. faltam poucos dias para o fecho do mercado e ainda não temos o plantel fechado. este sim, um outro problema.
passar mais uma semana com 0 pontos é que não consigo. também me vem à memória um célebre início de campeonato do Sportem em que depois de duas derrotas viu chegar jardel que tudo mudou. será que Kardec ainda vai passar mais tempo no estaleiro?
CARREGA BENFICA!

domingo, 22 de agosto de 2010

um dos problemas

para além da questão do guarda-redes, do cabelo loiro do JJ ou da ineficácia dos avançados, já para não falar no retorno do sistema (ontem foram mais uns erros que fazem parte do futebol), o balneário do Sport Lisboa e Benfica tem um problema grave que, segundo o que me dizem, está a pôr em risco toda a época.
é que o prémio pela conquista do campeonato ainda não chegou às contas bancárias dos jogadores que, ao mesmo tempo, vêem contratações de jogadores de valor duvidoso pagas a preço de ouro.
por isso, e se ainda queremos ir a tempo de salvar qualquer coisa, toca a pagar, Orelhas.
tudo isso não explica esta má entrada no campeonato. mas que terá alguma influência, disso não pode duvidar-se.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

o andrezinho

tal como aconteceu com aquele que tenta mal e porcamente copiar, o puto andré deve tudo ao Benfica e mais especificamente à faceta inventora de JJ.
tivera JJ armado bem a equipa e a defesa marcado melhor no canto do primeiro golo da supertaça e o andrezinho estaria agora a caminho da mesma festa brava em que o paulo sérgio vai ser corrido.
pior de ter de ouvir o andradezinho, é saber que já há treinadores de futebol mais novos do que eu. e, amigos, isso não posso perdoar!
esta última tentativa de bicada sobre o tal de Salvio - não sei quem é, nunca me foi apresentado - é digna de figurar nos registos para o futuro. o pior é que o sistema vai fazer dele um grande treinador, vide penalte deste fim-de-semana e os cinco, sim, cinco, que ficaram por assinalar ao Benfas. claro que não é desculpa, mas não fosse o cosme (o pai só podia ser Benfiquista, mas o gajo degenerou), e outro galo cantaria.
este fim-de-semana prepara-se mais um roubo à la proença servido com espetadas da madeira.
enfim, foi-se o hermínio, veio o gomes, e a rapaziada volta em grande. "GENIAL, PRESIDENTE, GENIAL!".

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

temos uma merda de adeptos


hoje, e depois de uma semana de retiro atento, com um título perdido, são 6:47 da manhã e ainda não consegui pregar olho.
não pelos falhanços do Peixoto ou do Sidnei. nem sequer por causa do grande golo que sofremos ou dos que falhámos. menos ainda pelo cabelo alisado, sem chama, do JJ ou da incapacidade total do sócio do futebol clube do porto, cosme machado, para a arte do apito. nada disso.
apenas e só porque há uma quantidade de adeptos do meu Clube, do nosso clube, que não sabe o que é estar longe, deitar-se à meia noite, acordar às 3 da manhã e depois não conseguir voltar a dormir com o barulho dos assobios de gajos que pagam para ir à bola assobiar os Nossos Rapazes, sobretudo quando as coisas não correm bem. nessas alturas é que se devia apoiar, incentivar, gritar, chamar pelo nosso Clube. mas não. basta uma derrota esquisita, mas merecida, contra o clube de que falei antes, com um golo ao abrir do pano, e um golo da académica em que o Sidnei estava a dormir, para se esquecerem de tudo o que de bom aconteceu, de que "só" saíram os dois melhores jogadores do Benfica do ano passado, de que a pré-época viu os jogadores a chegar ao bochechos, para começarem a assobiar profissionais de futebol que dão o melhor e que darão melhor ainda se os assobios desaparecerem.
sou a favor das vuvuzelas no Estádio da Luz. assim, pode ser que os que se dizem adeptos do Benfica cessem de assobiar ou que, pelo menos, deixem de fazer ouvir-se.
essa merda de "adeptos" que deixe as frustações do dia-a-dia em casa e assobie a equipa contrária. e, depois, aprendam, com fanatismo, claro, a ver bola e lancem impropérios ao espelho ou dediquem-se a outro desporto.
todos os outros que vão à Catedral para apoiar o Benfica, e que não assobiam, são responsáveis: têm um imperativo categórico de mandar calar aqueles que com bigode, barba, mau aspecto, sem bigode, barba ou bom aspecto, têm a veleidade de assobiar jogadores com o manto sagrado vestido.
por este andar ainda vão pedir a demissão do JJ que, e apesar de tudo, não deixa de estar demasiado fanfarrão fruto do campeonato que tão brilhantemente conquistou (pretérito perfeito do verbo "conquistar").
o resto, bem o resto, como me dizia há pouco o Lai Jo Fai, via sms, foram 10 jogos na pré-época, Javi e Amorim fora dela, a falta que Luisão faz a impor respeito, a falta de frescura física e um pedido: despeçam o Sidnei e o Peixoto com justa causa*. acrescento eu: isto se o passos coelho não retirar esse conceito da constituição e se o Orelhas perceber que quando se sabe que 2 peças fundamentais vão sair, tem de atacar-se o mercado de longe, já para não falar na venda da banha da cobra que esteve um ano arredada dos jornais mas que agora resolveu voltar, inter alia, "não sai nenhum jogador abaixo da cláusula de rescisão, com excepção de um".

*despedir com justa causa não é assobiar.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

supertaça cândido de oliveira

reza a história que só conseguimos ganhar uma vez a supertaça com o adversário do próximo sábado.desta vez ninguém se queixa de ter de fazer mais 250 km que a equipa adversária para chegar ao complexo de aveiro.
a única vez que ganhámos já foi há 25 anos, quando ainda se disputava a duas mãos e o sistema começava a aparecer.
aqui ficam as imagens com comentários de uma pessoa muito especial para os que vivem nestas paragens, já que nos preenche as noites de segunda-feira.
a voz e o estilo inconfundível do "nosso" Vitor Rebelo na altura em serviço para a RTP-Porto!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

2010/2011


Agora sim vai começar a epoca 2010/2011. Apesar de ainda faltar disputar a Eusebio Cup amanha no Estadio da Luz frente ao Tottenham, esta é ja a semana de preparacao para o primeiro Trofeu oficial, a Supertaca frente ao FCP.


E que dizer desta Silly Season? Na minha opiniao bem mais Silly que noutros anos. O Benfica é O CAMPEAO e manteve quase toda a estrutura do ano passado (refinando-a) nao tendo nos por isso que ficar diariamente ansiosamente a espera do anuncio da contratacao de um qualquer Torglissierilize.. (acho que me perdi..), de dois Maniches (agora ja so um e meio va), de um Kleber (ha por ai um Kleber nao ha?) ou de um Moutinho (dedico esta ao meu amigo Vasco.. AHAHAHAHAH).


Tentaram arranjar uma maneira de nos enfraquecer com a novela Roberto na qual nao entrei. Primeiro porque acho que a destabilizacao emocional de um GR é a pior que se pode fazer. Depois porque ele é um dos nossos sendo por isso consequentemente O MAIOR!!! Depois porque ja nao vou na historia dos que vao controlando a comunicacao social em Portugal (principalmente as tvs). Exemplo: O Patricio da um frango no torneio dos Estados Unidos.. foi o remate do avancado que foi com forca (ui.. que aquilo ia a 200).. o Helton parece estar a espera que o cao-guia lhe de indicacoes no golo do PSG.. nem uma referencia.. AI SE FOSSE O ROBERTO.. Cromos!


Quanto ao Benfica...


Parece-me que temos uma excelente equipa. O Jara esta a mostrar que é grande contratacao (Ja tinha ficado extremamente impressionado pelos videos que vi do catraio), o Kardec ja o digo desde o ano passado vai ser grande avancado (O Cardozo é que esta sempre com aquela mania de marcar golos que nunca mais acaba.. Chato pa!), o Gaitan sabe da poda, o Airton vai ser uma dor de cabeca para o Jesus e para o Javi e o Javi vai ser uma dor de cabeca para o Airton e para o Jesus, o Carlos Martins comeca a epoca como acabou a ultima (em alta rotacao e pontape canhao), o Aimar disse ao irmao mais novo para o substituir nestes primeiros jogos (so pode.. aquele gajo com o 10 vestido tem que ter uns quantos anos a menos), o Saviola esta armado em Vinho do Porto, o Fabinho é o maior, o David Luiz agora ate se da ao luxo de marcar golos e ainda fazer uns remates ao ferro, o Ruben é um relogio suico, o Super-Maxi ainda nem sequer comecou a jogar, nem o Ramires, nem o Luisao, o Roberto ainda vai ser o nosso melhor GR desde ha muito tempo, o Felipe Menezes vai-se fazendo jogador, o Luis Filipe entra certinho nos jogos (deixei esta para o fim visto ser talvez a mais surpreendente). Ou seja. Muitos daqueles que infelizmente nem no banco vao ter lugar, eram titulares de caras em quase todas as equipas da primeira liga ou perto.. Sim.. incluindo os terceiros e os quartos classificados da epoca passada.
Ja agora por falar neles. O Sporting parece estar melhor.. Mas tambem.. sinceramente.. pior era quase impossivel. Cheira-me a um campeonato "a la" Paulo Autuori da epoca 1995/96. Nao foi nada de especial mas mesmo assim foi melhor do que a anterior com o Artur Jorge. E esta tudo dito.


Quanto ao Porto.. Hmmm... que dizer.. a ver se nao temos aqui um Del Neri 2..
O Braga la ganhou ao Celtic. Talvez o pior Celtic dos ultimos 20 anos.. mas ganhou.. esperemos pela 2a mao e pelo Playoff da Liga dos Campeoes. Desde que nao vao para la fazer a triste figura que outros fizeram ha dois anos.

E quanto ao Jesus? Nao sei se alguem reparou mas tambem andaram a tentar espalhar como quem nao quer a coisa a ideia de que sem o Di Maria aquilo ia ser complicado.. que o 4-1-3-2 de JJ sem um extremo fantasista deixava de funcionar; que ter o Gaitan nao seria o mesmo que ter o Argentino do Real; que tinhamos que contratar alguem para aquela posicao senao...


E que fez Jesus.. Ora bem.. tomem la com um 4-3-3 que se estiver bem oleado tendo Saviola e Jara na frente (e ja deu para ver umas coisas jeitosas frente ao Feyenoord e ao Aston Villa) pode fazer muitos estragos.

Mas pensavam voces que nos tinhamos um qualquer Juju ou Paulo do Risco ao Meio a treinar a nossa equipa ou que?? Preso a um sistema de jogo e incapaz de fazer funcionar qualquer outro? Anjinhos... E ja que falei no Paulo.. ate pode vir o 4-4-2 losango que eu estou descansado na mesma.


Resumindo. Estou ansioso e confiante para esta epoca. Bastante confiante. Acho que depois daquilo que a equipa nos ofereceu no ultimo ano, este deve ser no minimo o sentimento de todos nos.
Espero que Sabado seja o primeiro de muitos trofeus que nos esperam.


CARREGA BENFICA! RUMO AO 33!!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

o polvo decidiu

o dossier guardião continua a encher as medidas dos jornais desportivos. entrementes, no que interessa, vamos ganhando e marcando golos.
muito sinceramente, acho que uma bola laranja que ainda por cima é aquela coisa que se sabe (basta ir a uma loja de desporto e pegar numa) não ajuda. mas o amigo Roberto ou se cuida ou é mais um guardaneta queimado...
sem querer comparar aqui há uns anos estava eu com o Becas a passar férias nos algarves (acho que em lagos) e o Benfica jogou com o porto para a supertaça - aquele jogo que ficou célebre por um tal de pratas ter andado a correr à frente de jogadores do porto, adiante!.
Ora, nesse mesmo jogo, penso que uns Benfiquistas, depois de uma saída em falso do nosso Michel, gritaram às bandeiras despregadas "é um escândalo terem ido contratar um guarda-redes destes!".
sem escamotear que estou preocupado, acho que quem faz isto

merece, pelo menos, o benefício da dúvida.
tri-campeões do torneio de guimarães!
entretanto, para o ceptro, já está decidido.
esqueceram-se foi de pôr o emblema do segundo classificado.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

mau ensaio

excelente estreia.
ainda não percebi como é que o Roberto sofreu o golo mas, apesar de ter criticado os valores da sua transferência e de achar que há por ali um vírus bossiano que espero que seja rapidamente debelado, temos de acreditar nele e na nossa equipa técnica.

ontem à noite ganhou a Espanha. uma equipa e um País. uma forma diferente de estar na vida. mas não será por isso que não me alegro de ser português, ainda que não escondo, tenha uma ponta de orgulho dos meus avós paternos terem nascido em Espanha e de ter por lá parentes!

terça-feira, 6 de julho de 2010

notas do defeso e da pré-época

depois de alguns dias em território sul-africano a acompanhar de longe o que se ía passando no Benfica, estou de volta com algumas notas:
1. Roberto, terceiro guardião do atlético de madrid custou 8.5 milhões de euros... bem, o eduardo é bem mais barato e, pelo que mostrou na AS, pode ser solução;
2. quem ganhou comissões desta vez?
3. não se abate a parte do passe do simão que ainda não foi paga?
4. o outros reforços já são os maiores e já fazem lembrar di maria (muito apagado no mundial) e o diabo a sete, número daquele no mundial;
5. melhoras rápidas para o Quim;
6. o que aconteceu ao Mantorras? foi despedido? rescindiu?
7. a história dos 12 ou 14 milhões pelo Roberto oferecidos por um clube inglês significa apenas que o nosso departamento de comunicação está a funcionar bem.

outras notas fora do Benfica e sobre clubes que lutaram pela ida à liga europa: então o sportém deixa-se encornar desta forma pelo fcp na história do matadinho e ainda vem falar em fruta podre? nada como uma fruta podre ir para o clube da fruta e dos chocolates.

dia 10, finalmente, teremos Benfica!

exposição mediática à escala mundial!

depois disto, onde se destaca sem qualquer dúvida o adereço na cachimónia, e uma nota para o facto de se me tivessem feito mais alguma pergunta diria que com JJ ganharíamos por 4 a nuestros hermanos, eis que dois dos escribas aqui do estaminé resolvem abrir o livro, juntamente com mais um dos aventureiros, da aventura mundialista que experimentaram na áfrica do sul ao jornal ponto final, na sua edição de hoje. (para verem as fotos terão de assinar anualmente o prestigiado diário!)

"Há vuvuzelas em Macau
by pontofinalmacau

Frederico Rato, Victor Castro e Pedro Cortés regressaram há dias do Mundial. Seguiram a selecção portuguesa, conheceram o país e até trouxeram vuvuzelas autênticas para a RAEM.
Hélder Beja
helderbeja.pontofinal@gmail.com

“Eles não paravam, mas eu levei os meus auscultadores”, anuncia Frederico Rato sobre o som das vuvuzelas e o modo que encontrou de escapar parcialmente à espécie de corneta sul-africana que invadiu os estádios do Mundial de futebol. As fotos que publicamos comprovam-no, e os que não paravam de “vuvuzelar”, verbo que pegou, eram milhares de adeptos a que se juntavam Victor Castro e Pedro Cortés, também advogados em Macau. “Tornava-se, além de ensurdecedor, um bocado irritante. Ou melhor, para quem estava a vuvuzelar não era, porque nem sequer nos apercebíamos. Para quem não estava, era desagradável”, ri-se Victor Castro. E também Cortés aponta as vuvuzelas como a imagem forte dos estádios sul-africanos. “A grande e maior diferença era aquele som, que não parava durante o jogo. Não que nós não tivéssemos participado activamente na vuvuzelada, e ainda trouxemos algumas”, admite.

Começamos pelo pormenor da vuvuzela nesta história de três adeptos que decidiram partir de Macau para seguir a equipa portuguesa no continente africano porque são esses, os detalhes, que enriquecem as experiências e as viagens. “Esta é a continuação de uma tradição que começou com o Mundial da Coreia do Sul. Ir a primeira vez produz habituação, de maneira que acabámos por nos tornar uns ‘frequent goers’, começámos a ir aos campeonatos da Europa também, fomos ao campeonato do Mundo na Alemanha e agora ao da África do Sul”, prossegue Frederico Rato. Pedro Cortés principiou ainda mais cedo, no França 98: “Vivia em Paris na altura e a partir daí fiquei com o bichinho de ir às competições todas. Gosto de futebol, sobretudo do Benfica, mas as partes culturais do campeonato do Mundo são até mais importantes que os jogos”.

Rota do futebol e dos vinhos
A viagem começou a 4 de Junho e, antes da África do Sul, o trio que reunimos à mesa em Macau esteve uma semana em Moçambique, recebendo a companhia de João Rato, filho de Frederico, vindo de Lisboa. “Seguimos basicamente o trajecto da selecção. Fomos para Port Elizabeth, depois para a Cidade do Cabo, para Durban e para a Cidade do Cabo novamente. Já não tive oportunidade, ou foi mais a felicidade, de não ter de assistir ao vivo à derrota de Portugal com a Espanha”, conta Victor Castro, que entretanto se separou dos companheiros de viagem para visitar família.

De carro alugado e nenhuns problemas de segurança, estes portugueses com bilhetes ‘Follow My Team’, que lhes permitiam avançar pelo país conforme Portugal desenvolvia na prova, aproveitaram para conhecer outras riquezas sul-africanas, como os vinhos. “Tal como tínhamos feito na Suíça, essa parte de conhecer neste caso os vinhos sul-africanos é aquela em que ponho mais valor. Claro que a interacção com pessoas de outras culturas é importante, mas aproveitar o facto de estarmos num outro país e perceber o que realmente lá se passa é a verdadeira expedição ao Mundial”, assegura Cortés.

A Garden Route, uma das viagens mais populares na África do Sul, feita na província de Western Cape e que tem como centro a Cidade do Cabo, foi o percurso escolhido pelos seguidores das Quinas. Perigos, nem vê-los. “Estávamos até demasiado sensibilizados para a questão da segurança, mas surpreendentemente tudo correu bem. Notava-se o controlo pelo número de polícias presentes, mas andámos na rua a qualquer hora, sem problemas. Acho que se esmeraram para criar boas condições de segurança”, considera Rato.

De carro, viajaram “uns milhares de quilómetros”. E, em tom de brincadeira, o advogado vai dizendo que o único problema de segurança rodoviária que enfrentaram foi a própria condução. “A determinada altura fazíamos doze provas de vinho por dia e, no fim, o carro já se atravessava”, brinca Rato.

Por onde passaram encontraram sempre “os portugueses da África do Sul muito envolvidos pelo facto de a selecção estar presente”, refere Victor Castro. “Não sei se muito crentes na equipa, mas pelo menos muito envolvidos. Foi bom para nós, porque a alegria era maior. Temos de facto muitos emigrantes e isso ajudou”, refere.

Para Castro, o Mundial foi também o regresso à África do Sul, onde tem família, e a Moçambique, onde nasceu. “No meu caso particular era um bocadinho mais sentimental, porque tenho amigos em Moçambique, família na África do Sul. Foi mais agradável do que se tivesse sido noutro sítio qualquer, isso sem dúvida.”

Antes e depois do jogo
Frederico Rato considera que “estas viagens têm duas grandes componentes”. Uma é a “lúdico-folclórica”, composta “pelo jogo em si e pela festa, que normalmente bate o futebol”. Para o adepto, “é extraordinário ver como é que as pessoas reagem, a facilidade de relacionamento que se estabelece de imediato”. A outra vertente “é a político-cultural, é ver como é que o país funciona e que tipo de atractivos tem, em relação à arte, à cultura”. O grupo fez “uma digressão cultural” na Cidade do Cabo, “provavelmente a cidade mais culta da África do Sul”, e ficou surpreendido com “o nível de criação cultural”.

Do ponto de vista da harmonia do país, Rato também veio bem impressionado. “Pensei que a integração ainda fosse incipiente. Ainda há diferenças… a classe rica é a classe branca e a classe pobre é a classe negra, só que já há a formação de uma pequena e média burguesia negras que vão ascendendo ao poder e matizando as instituições. Pensei que o processo estivesse mais atrasado mas não está, e o milagre chama-se Mandela e democracia”, atira.

A Cidade do Cabo foi mesmo a favorita de todos, apesar de, como lembra Frederico Rato, o Cabo da Boa Esperança se ter transformado em Cabo das Tormentas outra vez, no jogo com os espanhóis. Para falar de bola, prefere passar a palavra “aos especialistas” que o ladeiam. Pedro Cortés começa por dizer que a prestação dos seleccionados de Queiroz “foi natural e dentro das expectativas, se calhar até a superar um bocadinho”. “Achava que Portugal ia ficar logo na primeira fase, que não ia passar a Costa do Marfim, que tem realmente uma equipa boa. Depois acontece aquele resultado estranho que é ganhar 7-0 à Coreia do Norte e aí ficámos praticamente apurados”, continua.

O pior foi com Espanha, quando Carlos Queiroz “não teve uma boa leitura do jogo e no momento em que tira o Hugo Almeida e mete o Danny, acaba com a equipa”, considera. “Os jogadores sentiram que iam defender o resultado, ou que não iam jogar para ganhar. Espanha deu-nos baile de bola na segunda parte.”

Victor Castro achou sempre “que Portugal passaria a primeira fase”. Enquanto lembra que “não é vergonha perder com Espanha nos oitavos” e que “era um resultado expectável”, aponta o grande problema luso: “O que fica é a falta de ambição do treinador, alguns equívocos, e depois a parte final. O treinador esteve para mostrar serviço, as coisas não correram bem, principalmente porque Portugal não jogou bom futebol, e não se responsabiliza. Queiroz devia responsabilizar-se e demitir-se”.

O treinador de bancada está em todos nós e também Frederico Rato não se escusa a um comentário. Considera que “o treinador é um condutor de homens, e não conseguiu incutir um espírito vencedor àquele time”. “Ficou-se por aquele sentimento tão português de ‘ah, vamos para a fase seguinte e já não é mau’, é a felicidade na mediania. Essa falta de ambição é o defeito principal da equipa. Os romanos já diziam que a sorte protege os audazes, e nós não fomos audazes”, sentencia o advogado.

Durante as partidas, em “estádios com condições excelentes”, refere Cortés, as más exibições podiam compensar-se com a festa e umas quantas cervejas com álcool. “Essa é outra grande diferença para os estádios europeus”, nota. “É um pormenor interessante, porque não houve receio nenhum de se vender a cerveja com álcool. Ali, em garrafas de plástico, bebia-se sem perturbação e não houve um único incidente”, completa Frederico Rato. O único problema eram as filas para conseguir o precioso líquido, que obrigavam a perder parte dos jogos. “Eu diria até alguns golos”, brinca Victor Castro.

Quando soa o apito final e Portugal é eliminado da prova, a coisa muda de figura. “No dia da derrota é tentar ir mais rapidamente possível para fora daquilo. Já tínhamos marcado voo para o dia seguinte ao jogo, tal como em 2008. Mas a sensação que uma pessoa tem é ‘porque é que não marquei o voo para me ir embora ainda hoje?’”, diz Pedro Cortés. “Se tivesse pensado que Portugal ia perder tinha marcado um voo nocturno para estar imediatamente fora daquilo.” E Frederico Rato ajuda: “É como os espanhóis a fugirem de Aljubarrota”.

Se Portugal tivesse seguido em prova, Cortés e restantes aficionados provavelmente ainda por lá estariam. Nunca tiveram qualquer problema para alterar voos ou reservar hotel em cima da hora. Não estão, regressaram à RAEM, mas o advogado desdramatiza, assegurando que “não é uma tristeza assim muito grande” e que “o Benfica perder um jogo da pré-época é bem pior”.

De malas aviadas
Conhecer adeptos de todo o mundo e, por assim dizer, vê-los em acção, é apanágio deste tipo de provas. E aqui Pedro Cortés não tem dúvidas: “Os melhores adeptos continuam a ser os ingleses, aqueles que não param do princípio ao fim, que têm uma cultura diferente de ver a bola. Depois disso, acho que os portugueses não estiveram nada mal”. Frederico Rato prefere “tirar o chapéu” aos sul-africanos. “Dentro e fora do estádio, foram apoiantes de coração da sua equipa, houve uma união nacional surpreendente em função da equipa nacional. Os brancos das classes mais abastadas andavam de boné, de vuvuzela e com o revestimento dos espelhos retrovisores dos automóveis de luxo com bandeiras do país”. “Mesmo nos nossos jogos, os adeptos sempre estiveram presentes, os estádios cheios”, acrescenta Victor Castro, deixando ainda “uma nota de destaque” para o árbitro português Olegário Benquerença, “que tem estado muito bem, ao contrário do que toda a gente esperaria”.

Quanto a prognósticos, Castro – que desde que se estreou nestas andanças de campeonatos em 2008 nunca viu Portugal perder (falhou sempre os jogos da eliminação) – sabe que a grande candidata à vitória do Mundial 2010 é a Alemanha, mas está pelos holandeses. “Acho que a Alemanha é favorita, ainda que deseje que a Holanda ganhe o campeonato. Gostaria de uma final Alemanha-Holanda, e que a Holanda desta vez vingue a derrota de 1974″, quando perdeu por 2-1 no derradeiro jogo do torneio disputado em solo germânico.

Todos concordam quanto ao favoritismo da ‘Mannschaft’ e também em fazer valer a tradição de acompanhar próximos Mundiais e Europeus. “Já temos a mala preparada para a Polónia e Ucrânia [Euro 2012] e a seguir para o Brasil [Mundial 2014]“, anuncia Frederico Rato. “Em relação à Polónia e Ucrânia, o treinador vai ser o Manuel José”, diz com grande certeza. “E no Brasil vai ser o Fernando Santos.” Castro julga que não e que em 2014, na terra do samba, já será o esperado José Mourinho. “Até lá ele ganha tudo e dedica-se à selecção.” Com ou sem vuvuzelas por perto."