quinta-feira, 15 de abril de 2010

Edu é nome de jogador.


Qualquer miúdo que goste de bola, certamente, terá sonhado um dia ser um jogador profissional de futebol. Entre pontapés dados lá no bairro e chutos no clube da terra, no encosto do travesseiro, todos os miúdos sonham um dia entrar no jogo e resolvê-lo a contento da sua equipa. Muitos sonham, poucos o concretizam. Estes alguns, para além da qualidade que inevitavelmente possuem, têm também os deuses do seu lado. Edu é um desses casos. Jovem transmontano, estuda em Vila Real e ganha 150 euros por mês para jogar no Chaves. Recentemente, em torneio de jovens como ele, onde se encontravam presentes miúdos do Real Madrid, Barcelona e afins, foi considerado o melhor jogador do torneio. Há dias, marcou dois golos que devolveram a festa à cidade de Chaves - festa que vai continuar até ao jogo do Jamor e, espero, prolongar-se bem para lá do apito final do árbitro. A humildade com que enfrentou a súbita fama é contagiante. Como transmontano que é, arrisco-me a dizer que tem costela benfiquista. Se assim é, há que contratá-lo já. Quem vê David, Amorim, Moreira ou Nuno Gomes a jogar, percebe que, mais do que por dinheiro, jogam pela águia que trazem ao peito. A força do Glorioso sempre foi essa. E este é miúdo em quem deposito confiança.

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