domingo, 5 de outubro de 2008

no país do sorrisos e a minha tia R.

escrevo-vos a bordo de um airbus da airasia que descolou há pouco de pukhet rumo a bangkok. postarei quando chegar ao hotel. a tailândia é o país dos sorrisos e eu não consigo tirá-los dos lábios desde há quase duas semanas.
finalmente tive uma pausa no programa da viagem anual do escritório que me permite escrever algumas palavras sobre uma das melhores semanas da minha vida, pelo menos nos últimos tempos.
nem o facto de ter sido obrigado a ouvir a rádio renascença online durante o primeiro tempo do desafio e, em consequência, o jorge coroado – estou mesmo feliz por ter confirmado que já não zurra na antena 1 - e o bernardino barros – este estava a dizer tão mal do Benfica quando foi o golo do Reyes que deve ter engolido as palavras - me tira a grande felicidade de ser Benfiquista.
tive também o prazer de ver via net a segunda parte do meu querido clube (não no site do Benfica ou do sapo, mas num canal africano de desporto – fica o reparo para a direcção do canal e responsáveis: também há benfiquistas na ásia que sofrem tanto ou mais do que aqueles que estão, por exemplo, na australia!).
sobre o jogo está tudo dito e escrito. volto a aconselhar a leitura do obrigado sá pinto. mas, como confidenciei via sms no final da partida, há muito que não via o nosso Benfica jogar da forma que, e apesar de desfalcado, se apresentou frente aos napolitanos. estamos com uma dinâmica de vitória que esperamos se mantenha até ao final da época.
deixo apenas um apontamento sobre o que se passou durante a partida que, parece-me, ilustra bem a forma como o Benfica congrega a paixão de viver, de vencer, de ser do maior clube do Mundo e como a família Benfiquista é, de facto, extraordinária.
a minha tia R. é das poucas pessoas da família mais chegada que teve um fraquinho pelo clube que alinha com as camisolas iguais às barracas da praia de são Pedro de Moel. mas teve a sorte de ter um marido Benfiquista, 2 filhos Benfiquistas, apesar da tentativa ténue da filha em ser desse clube que equipa de verde, cunhados Benfiquistas, 4 sobrinhos Benfiquistas. enfim, teve a sorte de ser acolhida numa família Benfiquista. mas a minha tia R. foi do sportém até ao dia em que foi ao estádio de Alvalade e foi insultada com impropérios de índole vária por parte dos pseudo-queques que por lá gravitam. a partir daí, diz que deixou de ser sportinguista.
eu percebo bem porquê e talvez não tenha sido ou seja só pelos insultos. a minha tia tem pouco mais de meio século de vida – apesar do espírito de gaiata - e ainda quer ser feliz e sentir a felicidade de ser Benfiquista. não que tenha mudado para o Benfica... mas gosta tanto da nossa família, eu incluído - e eu dela, diga-se - que me enviou – com medo que, por estar na tailândia, não estivesse a seguir – uma sms a dizer que o Benfica tinha marcado o 1-0. quando vi a sms,, quase no final da partida, e depois do golo do nosso Capitão, respondi, agora já são 2-0...
desta vez o meu cativo foi ocupado pelo filho da minha tia R., i.e., o meu primo!
cativos à parte, o som que se ouve na rádio dos adeptos a gritar pelo Benfica é quase tão arrepiante como foi, de certeza, ter estado na Catedral.
5 notas finais:
1. desculpa Katsouranis;
2. Reyes, que classe;
3. obrigado Capitão Nuno Gomes;
4. Flores já dão frutos;
5. se isto continua assim, vou ter mesmo de deixar a emigração!

2 comentários:

JR disse...

De facto nada iguala a alegria de pertencer à melhor família do mundo. O Benfica é enorme!

PA disse...

e foi mesmo...!
eu estava lá, sozinho, mas acompanhado por 56505 almas a gritar a plenos pulmões !
Há muito q não via um grande jogo e um grande espirito dentro do estadio. Foi uindo !
ass. vagina