sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

traumatismo ucraniano

mantive-me estoicamente acordado até à hora do jogo. como? a jogar psp. sem o nervoso das quartas-feiras (sim, para mim ainda tem este nome) europeias, eram 3:45, e estava o tiger woods a fazer um birdie que lhe deu a vitória num daqueles torneios virtuais em que se ganha uma pipa de massa também ela virtual.
pensei: azar ao jogo, sorte ao amor. e, de repente, liguei a antena 1 em cadeia com a rádio macau.
o amor, claro está, é ao Benfica. sim, ontem, mais do que tudo jogava-se por amor. à camisola, ao historial, aos títulos conquistados. enfim, era tudo menos um jogo. seria uma boa oportunidade para que os menos utilizados demonstrassem que o que se passou com os turcos e os gregos foi por acaso e que realmente valemos mais do que aquelas patéticas derrotas. puro erro. o amor a uma causa é assim. cego.
voltando ao momento em que liguei o rádio, consegui ouvir o urretaviscaíndo a falhar um golo incrível. aí, tive um traumatismo que adormeceu a parte do cérebro que ainda funciona e que me impediu de ouvir o resto do desafio. ainda bem.
sobretudo a partir do jogo com o sportém, estive alguns meses sem as arreliadoras dores de cabeça,. mas, nos últimos dias, elas voltaram. não sei se há causa-efeito entre os maus resultados do Benfica e esta cefaleia incomodativa. vou esperar por segunda-feira para confirmar se o melhor é deixar de amar desta forma cega e doentia.
já agora, e em tempo de natal, aqui vai o meu pedido ao menino Jesus: uma vitória convincente frente aos funchaleiros, com um golo do jogador, quem marcou foi o jogador...

2 comentários:

Anónimo disse...

Tb digo sempre que vou deixar de sofrer pelo Benfica...mas não consigo...Abraço

Anónimo disse...

Parabéns por fazer um blogue ponderado e inteligente e, claro, com amor ao Benfica. Em jeito de desabafo, digo-lhe que, infelizmente, me parece que será mais um ano sem glória. Acredito que podemos ganhar o campeonato, no entanto, fico com dúvidas se os jogadores - e já agora o treinador - acreditam realmente nessa possibilidade. Sinto que se começa a entrar naquela fase de descontrolo emocional, as "pernas tremem" e as coisas acabam por não correr bem. Mudam os treinadores, mudam os jogadores, entram dirigentes, muda a estrutura, mas no fundo tem-se a sensação que o insucesso não nos larga. Desculpe-me o desabafo com tons de fatalismo! Estou cansado. Cumprimentos!