apedrejar não é um verbo Benfiquista. acreditar é um verbo Benfiquista

é verdade que estamos a atravessar um dos piores momentos de que há memória.

mas a culpa é nossa.

é de quem votou no vieira e lhe dá banhos de multidão cada vez que o senhor vai visitar as casas.

é de quem acreditou nesse vendedor da banha da cobra, sócio do fcp e do sportém, ex-amigo do arguido rival.

mas não sou a favor de manifestações de descontentamento. a grandeza do nosso clube merece mais do que um bando de animais que, por acharem que são eles o Benfica, vão apedrejar a camioneta do clube.

ainda se fossem os adeptos rivais a apedrejar (o que acontece muitas vezes em visitas ao porto), ainda vá que não vá. mas não. foram os que se dizem adeptos que atiraram pedras ao nosso autocarro.

esses, que me perdoem, não são o Benfica.

o Benfica são todos aqueles, anónimos ilustres, ilustres anónimos que o apoiam nos bons e nos maus momentos, que acreditam que este fim-de-semana vamos às antas (digo, dragão) vencer.

são os que, faça chuva, sol, neve, frio, calor, se deslocam orgulhosos para o estádio, independentemente do adversário.

ser Benfiquista não é, seguramente, apedrejar autocarros. ser do Benfica é sentir que há algo de superior que nos guia no dia-a-dia. está lá sempre. de manhã, à tarde e à noite.

é sentir respeito os adversários e, porque não, dar os parabéns aos adversários quando eles são superiores (dentro do campo).

por isso, mais do que nunca, é preciso paciência e esperar que o próximo jogo seja melhor que o anterior.

e como ser Benfica também é ter uma costela irracional, vamos acreditar que ainda podemos alcançar o segundo lugar.

eu acredito.