sábado, 28 de fevereiro de 2009

é sempre assim, sofrer até ao fim, parte II, em dia de aniversário (GMT +8)

entrámos bem na partida. de tal forma que, em menos de um minuto, já uma batata poderia ter-se anichado no fundo da baliza do gr contrário.
chegámos ao golo (bom desvio do elvis!) quando o caudal ofensivo era de facto, "à Benfica". depois, Nuno, o Capitão disse com a cabeça: sim, podem contar comigo.
pelo meio houve tempo para duas lesões. a primeira, do Amorim, preocupante. a segunda, do rapaz Martins, desesperante. não tinha passado uma mão cheia de minutos desde a última substituição. interessante a imagem de Quique nesse momento: "o que é que tu queres, pá!". "continua aí dentro e sofre". há uns anos atrás, teria ficado nas quatro linhas, a extremo, com uma coxa elástica, a fazer figura de corpo presente e a lutar pela posse da bola. hoje, isso é mais difícil. para não agravar a lesão, dizem.
depois, o sofrimento. muito sofrimento. pior do que perder um jogador por lesão quando não há mais substituições, é sofrer um golo logo a seguir. aconteceu-nos.
o clube contrário, matreiro, bem organizado, começou a criar muito perigo. temeu-se, temi um empate ou até a reviravolta. eis que surge no Benfica a mística! essa senhora que tem aparecido pouco nos palcos, resolveu renascer das cinzas. esta época já acabámos alguns jogos com 10 (lesões, expulsões). em todos eles, não perdemos. é assim que se constrói uma equipa campeã ou que pelo menos aspira a mais do que mais uma época em branco.
o que mais impressiona, para quem vê o jogo à distância, ainda por cima a horas pouco recomendáveis (começou eram 5 da manhã), é perceber que os adeptos que estavam no estádio foram realmente isso: adeptos. a estes juntaram-se outros espalhados pelo Mundo que, com as suas preces, criaram uma força oculta (não confundir com as forças negras do pinócrates) à escala planetária.
se fosse jogador, dedicava esta vitória a todos os que seguem a equipa pelo Mundo fora e, em especial, a um adepto sofredor que há poucos dias aterrou na terra do Mantorras.
finalmente uma palavra para um senhor que até levou gravata encarnada para o relvado: estamos cá para ver a sua postura no jogo da próxima semana.
Parabéns, Benfica! pela vitória, pelo aniversário, pela paixão que me despertas.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

qimonda

na madrugada de sábado vamos ter um teste dificílimo contra uma das melhores equipas do campeonato que, este ano, já ganhou na alvaláxia e nas antas, digo dragão.
se o jogo era difícil, pior ficou com a nomeação do lagarto lucílio, um dos piores árbitros da história, que deve ter nascido com o dito virado para a lua, única explicação (dentro da lei) para se ter mantido na "alta roda" do gamanço estes anos todos.
contam-se pelos dedos de uma mão as vezes que o Benfica conseguiu ganhar fora com o Lucílio a arbitrar.
o Aimar voltou a lesionar-se. pena. mas pode abrir espaço para a entrada de Cardozo que poderá fazer dupla com Nuno Gomes.
é obrigatório ganhar para ainda acalentar esperanças numa conquista este ano.
ontem, ali num estádio que fica a meio caminho entre o aeroporto e a Catedral, houve uma hecatombe. ninguém mandou o ministro piño picar o governo bávaro!
não gosto que o sportém perca na europa. mas no fundo, e depois de resultados desastrosos que temos tido, pensar que levaram 5 secos do barcelona, ainda que com boa réplica, e 5 secos dos cervejeiros, sempre dá para baixarem a garimpa. estranho é que os jornaleiros não peçam já a cabeça o pálbente...

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

da vid(a) luiz

faltou estofo de campeão.
falta um defesa-esquerdo.
faltou estofo de campeão.
falta um treinador menos científico.
faltou estofo de campeão.
falta jogar muito campeonato.
faltou estofo de campeão.
falta indiscutível sobre o aimar não assinalada.
faltou estou de campeão.
falta ganhar ao leixões na próxima jornada e esperar um empate no outro jogo.
faltou estofo de campeão.
falta que o porto perca no estádio do mar na jornada seguinte e que o Benfica consiga os 3 pontos no jogo que tem de disputar.
faltou estofo de campeão.
falta vocabulário para descrever a tristeza que senti esta madrugada.
faltou estofo de campeão.
falta qualquer coisa quando o nosso Benfica perde e falta ainda mais quando perde contra o seu grande rival.
mas não me canso de dizer: faltou estofo de campeão.
...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

conta-me como foi

é de facto extraordinário como uma sociedade com capitais públicos, a rtp (rádio e televisão de portugal, s.a.), pode desrespeitar aqueles que, madrugada fora, se mantêm acordados para ouvir o relato do clube do coração e não têm outra opção que não seja ouvir a antena 1.
vejamos:
ainda se verificava o nulo na segunda parte, quando é interrompida a emissão desde a Catedral e, depois de um anúncio pomposo da apresentadora, começa, de forma inexplicável, a novela radiofónica adaptada da versão televisiva "conta-me como foi"... gosto muito da série, mas que raio! não há possibilidade de programar a coisa para que os emigrantes possam ouvir o relato até ao fim???
o que me valeu foi já estar a ver a transmissão via justintv ao mesmo tempo que o carlos dolbeth, do rádio clube português, passou a fazer-me companhia. ao contrário do que costuma acontecer, desta vez as imagens do jogo chegavam antes das radiofónicas.
e o que vi na justintv? o Benfica a voltar às fracas exibições. sem fio de jogo. sem capacidade de explosão. sem qualquer vontade de agarrar as rédeas do jogo e ser convincente, arrumando de vez a questão. não percebo como é que aquele rapaz que foi fumado, digo, formado no sportém entra de início. também não percebo a razão de Quique para insistir em pôr o Rúben Amorim a extremo ou médio interior direito ou médio ala, ainda para mais quando o lateral direito era o rapaz David. Rúben notabilizou-se no centro e é no centro que tem de jogar. vide o golão que marcou quando, depois de ter derivado para o miolo (ehehehe!), foi à esquerda fazer miséria.
discussões tácticas à parte, consegui perceber que a chave do jogo esteve na entrada de Di Maria. este, certamente assolado por um sentimento de inveja pela batata que o Amorim espetou, dispara um tiro, uma bomba!, para o fundo das redes do cássio. que golão!
Di Maria entrou bem na partida e começa a fazer , melhor, a poder fazer a diferença. mas o Benfica continua a ser demasiado permissivo. os dois golos do paços surgem de excesso de confiança. e valeu-nos o poste abençoado da baliza do Moreira que evitou um mal maior, o empate, no canto do cisne pacense. não percebo como é que o treinador do paços e dos paços desta liga com nome de cerveja, tem a lata de dizer que sua equipa foi permissiva. permissivo foi o Benfica que deixou à vontade os jogadores que equiparam de amarelo no jogo de ontem nos dois golos...
para a semana temos um jogo muito difícil. o sportém ainda tem uma palavra a dizer na questão do título e vai ser um osso duro de roer. se ganharmos, somaremos mais 3 pontos e com os nossos mais directos rivais a encontrarem-se na semana a seguir, podemos dar um passo de gigante para a vitória na liga. mas precisamos de demonstrar mais vontade, garra e concentração para que sejamos uns sérios candidatos ao título.
gostei muito do Aimar e do Cardozo. o primeiro a subir de forma, o segundo a quebrar o enguiço.
não gostei do rapaz formado no sportém e de um que foi formado no Benfica e que até marcou um bom golo ao paços na primeira volta...
nota final para umas trocas de sms com alguém que estava na Catedral da qual saliento uma recebida logo a seguir ao, parafraseando o pôncio que até nem é mau rapaz, 2 e 1 do paços:
"é sempre assim, sofrer até ao fim!".

domingo, 15 de fevereiro de 2009

RAP, igual a si próprio (in a bola, 15-2-09)

"Pedro Proença dignificou a arbitragem portuguesa

RECEBI inúmeras mensagens de gente genuinamente impressionada por eu ter previsto aqui, na véspera do Porto-Benfica, que a arbitragem de Pedro Proença seria o que veio a ser. Eu gosto muito de impressionar pessoas, mas devo confessar que, neste caso, não tenho qualquer mérito. O que se passou no Estádio do Dragão é exactamente o que se passa todos os anos. É como prever que este ano vai haver Natal em Dezembro. Não tem dificuldade nenhuma. De facto, assistir ao Porto-Benfica é ver o mesmo filme todos os anos. Há alturas do ano em que a televisão transmite sempre os mesmos filmes: é a Música no Coração no Natal, o Ben Hur na Páscoa e o Porto-Benfica a meio da época: já toda a gente sabe como é que aquilo acaba. A única coisa que vai mudando são os protagonistas. Este ano, Yebda desempenhou um papel que já foi de Kandaurov, Amaral, João Pinto, Éder e muitos outros. Não se pode dizer que seja um papel difícil de desempenhar. Na maior parte das vezes, basta estar quieto. Não é preciso fazer mesmo nada.

Na véspera do jogo, Pedro Proença disse que pretendia dignificar a arbitragem portuguesa - e fê-lo. Se tivesse dito apenas que queria dignificar a arbitragem, teria falhado. O que ele fez não tem nada a ver com arbitragem. Mas a arbitragem portuguesa é exactamente aquilo.

Quando se comete um crime, convém que haja o menor número de testemunhas possível. Talvez por isso, a organização do Porto-Benfica retardou ao máximo a entrada no estádio dos adeptos do Benfica. Alguns chegaram horas antes do jogo e só conseguiram entrar ao intervalo. O Porto disse que a responsabilidade era da polícia, mas o director nacional da PSP culpou o Porto por não ter disponibilizado assistentes de recintos desportivos suficientes. É óbvio que este director nacional da polícia não tem irmãos futebolistas. Eu ainda me lembro daquela escuta telefónica em que Pinto da Costa manifesta intenção de contratar o irmão de um comissário de polícia de Gaia para o colocar a rodar num clube dos escalões inferiores porque agente de autoridade daquela categoria «dá sempre jeito». Um director nacional dá mais jeito ainda, mas este, se calhar, só tem irmãs, e o Porto não deve ter futebol feminino.

Alguns benfiquistas manifestam alguma perplexidade sempre que eu me refiro ao estádio do Porto com o nome que lhe foi dado pelo clube nortenho: Estádio do Dragão. Dizem que eu não devia ceder à designação oficial, que não é merecedora da nossa aprovação. Discordo. Quanto mais gente chamar aquele recinto pelo nome, melhor. É muito apropriado ao sítio, na medida em que o dragão é como a maioria das grandes penalidades assinaladas a favor do Porto ali: na realidade, não existe. Mais: é importante não esquecer que S. Jorge matou um dragão. Trata-se de um indivíduo que era santo, notem. E, mesmo assim, o animal deu-lhe cabo da paciência a ponto de levar o homem a matá-lo. É capaz de ser exactamente por isso que o beatificaram, aliás."

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

pass(ç)os firmes

refeito (e não recuperado) das maleitas emocionais que me apoquentaram por mor de um castigo máximo mal assinalado - no relatório o senhor do gel diz que houve uma rasteira do Yebda ao xô lopes !!-, eis que se aproxima a peleja mais importante da época. domingo (madrugada de segunda aqui na terra dos casinos) jogamos uma cartada importante contra o paços. importa demonstrar que a exibição das antas, digo, do dragão, não é fruto do acaso (ou do ocaso do fcp) mas sim um sinal de que, finalmente, estamos a evoluir ao nível (eheheeheheh! gosto muito desta palavra) exibicional, dos automatismos (mais um ehehehehe!) e do fio de jogo, essas peças importantes na feitura de uma equipa campeã. para tal, temos de marcar cedo, entrar de rompante, ao bom estilo do meu antigo mestre de equitação, rompe!, rompe!, esmagar o adversário nos primeiros 30 minutos. numa palavra (ou em duas ou três): jogar à Benfica.
este ano jogámos à Benfica, ou parecido com isso, contra o sportém em casa, contra o nápoles, também na Catedral e a semana passada, a espaços, contra o rival.
estamos a um passo de poder somar mais 3 pontos. e não é com os grandes que se ganham campeonatos com nome da cerveja mais bebida em Portugal no mês de novembro, é com o paços e com equipas de menor nomeada - diferente de melhor qualidade - que se amealham pontos para que o ceptro de campeões seja levantado no final da época desportiva.
carrega Benfica!

ndr - acho que nunca tinha escrito uma posta com tantas frases feitas e expressões futebolísticas...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

o Benfiquismo de lucho (Leonor Pinhão, n' a bola)

Contra a corrente
Por não se ter atirado para o
chão, Lucho é mais benfiquista
do que Pedro Proença

Fucile foi o melhor jogador do FC Porto no clássico de domingo passado. Intensamente bravo no corredor direito e lúcido o tempo todo, mesmo quando a sua equipa mais parecia uma manta de fiapos, tantos eram os buracos por onde fluía o bonito futebol da equipa adversária, o Benfica. Tão bonito e tão fluentemente descontraído que metia em respeito os aficionados do local, mantidos em consternado silêncio durante a maior parte do jogo.

Fucile, um brioso oponente, merece o respeito dos benfiquistas. Até porque continuou a ser bravo e lúcido no dia a seguir, ou seja, na segunda-feira.

Talvez por ser uruguaio, apenas um estrangeiro de passagem pelo nosso país, despreocupado com o futuro e sem ambições de se estabelecer de pantufas terminada a carreira, Fucile disse aos jornalistas em sete corajosas palavras aquilo que toda a gente sabe mas não apetece dizer, não se vá estragar o conveniente suspense de que se alimenta, à custa dos incautos, a indústria da bola.

Pois disse Fucile:

— É muito difícil tirarem-nos do primeiro lugar!

Impecável, amigo Fucile. Não só é muito difícil como é, na verdade, impossível. Completamente impossível. Cientificamente impossível. É evidente que só um estrangeiro se pode dar ao luxo destes atrevimentos de análise e de rigor.

Um estrangeiro a qualquer momento mete-se num avião e ei-lo que vai fazer pela vida noutras paragens, longe da ameaça de, por exemplo, ter de subsistir como comentador atento, venerando e obrigado, às ocorrências do futebol português.

Em tempos recentes, um outro estrangeiro, ciente da impunidade de não viver cá, atreveu-se ao mesmo de Fucile. Disse praticamente a mesma coisa ainda que por outras palavras. Trata-se de Sir AlexFerguson — logo um Sir!

Quando lhe coube defrontar o FC Porto na Liga dos Campeões, acossado pela imprensa britânica com o número impressionante de títulos conquistados internamente pelo adversário «from Oporto», o treinador do Manchester United respondeu assim:

— Não fico muito impressionado porque o FC Porto, em Portugal, ganha títulos como quem vai às compras ao supermercado.

De Fucile a Alex Ferguson, ou vice-versa, nada muda. É gente que sabe o que é um grande supermercado e está tudo dito.

No domingo, Yebda foi o homem do jogo. Esteve no golo do Benfica e não-esteve no penalty oferecido por Pedro Proença ao FC Porto que permitiu a manutenção da distinta liderança dos campeões nacionais na corrente edição da prova. Nunca é demais repetir a razão de Fucile quando disse: «É muito difícil tirarem-nos do primeiro lugar.»

Pedro Proença não devia apitar jogos do Benfica. De todos os árbitros em missão pelos campos da Superliga, Pedro Proença é o único que professou em voz alta a sua fé clubista. É do Benfica desde pequenino.

Os outros árbitros não têm clube, como se sabe. Foram parar ao futebol por acaso. Há três árbitros que são adeptos de corridas de camiões, há dois que só se interessam por bridge, há quatro doidos por esqui alpino, outros três são fanáticos do florete e os demais, francamente, só vibram com o pólo aquático e na condição de a piscina estar aquecida.

Pedro Proença não é nenhum destes. É do Benfica, é do futebol. É cá dos nossos.

E sempre que aquece a discussão do titulo da bola, lá é nomeado Pedro Proença para dirigir jogos do clube do seu coração prestando-se ao papel de exemplo vivo da hombridade da classe, cujo lema é «Isenção Até Mais Não!»

Que jeito dá a esta geração de árbitros e de dirigentes da arbitragem ter um Pedro Proença à mão de semear.

Ah, mas atenção! Em termos de benfiquismo, Pedro Proença teve no domingo um grande e inesperado rival. Até excessivo, convenhamos, no seu benfiquismo, de tal modo que ia estragando tudo, o sacaninha. O próprio Pedro Proença, segundo garantem os jornais, sentiu-se ultrapassado em fervor clubista e não resistiu ao já tão publicitado desabafo:

— Sinto uma enorme frustração! — disse no final do jogo.

Vamos, então, tentar perceber o que levou o grande benfiquista Pedro Proença a sentir «uma enorme frustração». Trata-se de uma revelação brutal.

Trata-se

de LuchoGonzalez! aaaaaaaaaaaaaaa Lucho Gonzalez, afinal, é mil vezes mais benfiquista do que Pedro Proença. Lembram-se daquele lance aos 19 minutos? Lucho protagonizou uma atitude que tem vindo a ser criticada ferozmente por comentadores, analista e todos os defensores do fair-play e da verdade desportiva.

Toda esta gente confiava plenamente no benfiquismo ajuizado de Pedro Proença. Mas ninguém contava com o benfiquismo doentio de Lucho Gonzalez. Recordando: na área do Benfica, numa discussão física com Reyes pela posse da bola, Lucho levou a pior e Reyes levou a melhor. O escândalo foi de cortar a respiração. Lucho não se atirou para o chão, não simulou ter sofrido a falta que não sofreu, de modo a que, garantidamente, Pedro Proença apitasse para a marca de grande penalidade.

Lucho não se atirou para o chão como era suposto! — foi este o momento decisivo, a chave do jogo.

Pedro Proença foi dos mais perplexos.

— Então, não cais? — perguntou o árbitro ao argentino.

— Não.

— Mas não cais, porquê? — insistiu o árbitro.

— Porque sou mais benfiquista do que tu — respondeu-lhe Lucho.

— Ai isso é que não és. Pergunta ao Vítor Pereira!

— Sou sim, senhor!

Entretanto a jogada continuou e acabou-se a conversa entre os dois. De facto, com lances destes, nunca mais há credibilidade no futebol português.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

farsa

por causa de jogos como o de ontem, é que gosto de bola. quando menos esperavamos, eis que o Grande, o Glorioso, o Enorme, o Maior, arranca uma boa exibição no estádio do dragão. foi pena o gamanço à antiga portuense. quando Yebda espetou a batata, as casas Benfiquistas espalhadas pelo mundo estremeceram. creio que há muito que não se festejava um golo desta forma. quais balarinas, os Benfiquistas verdadeiros, saltaram e pularam de alegria. gostava - penso que gostaríamos todos - de saber a razão de não jogarmos assim tão bem nos outros jogos. Aimar (finalmente) fez uma grande exibição. Luisão um jogador do camandro. Reyes não esteve tão bem.
depois veio um senhor que foi lambido por uma vaca, de quem até se diz ter sido sócio do Benfica e, qual génio da lâmpada, proençou-nos um penalty! é pena que a farsa continue e que os erros proençados sejam sempre a favor dos mesmos. e vão 17 jogos. desses, em 9, fomos gamados.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

do homem da regisconta à goleada do trap

sou daqueles (talvez o único) que defende que uma vitória com golo de Pedro Manuel Torres (Mantorras) a poucos minutos do fim deveria valer 6 pontos.
contas feitas, estaria agora o Benfica com 2 pontos de avanço sobre o rival deste fim-de-semana. na verdade, dando de barato os pontos que já nos roubaram este ano, com tantos erros contra os clubes que jogam contra ele - o rival - seria merecido e justo, apesar de, ainda assim, pecar por defeito.
por defeito têm sido também as nossas exibições. gostava que o Benfica deste ano fosse como apregoava o homem da regisconta, aquela máquina. está visto que tal não será possível. resta-nos esperar que seja um ano à Trap, para quem uma vitória por 1-0 era (é) uma goleada. aliás, vitórias por 1-0 e golos decisivos do senhor Mantorras, significam, normalmente, nesta década de 10 do século xxi, título no final da temporada.
naturalmente que o resultado mais provável para a próxima jornada é a vitória dos nossos rivais. mas, pode ser que as probabilidades mudem. é difícil e, muito sinceramente, de forma racional, não prevejo que a diferença de pontos seja de dois a nosso favor, no final da peleja.
felizmente, o futebol tem pouco de racional. é paixão, irracionalidade e crer, misturados com talento, técnica e garra, tudo condimentado com uma pitada de sorte. ingredientes que nos fizeram o clube que somos. daí, e acreditando nas palavras do Quique no final da partida de ontem, só peço um Benfica competitivo e que deixe a pele em campo.
lembrando a rábula do professor marcelo, protagonizada pelo RAP:
"é difícil ganhar?
é.
mas pode acontecer?
pode.
improvável?
sim.
impossível?
não."